Triângulo do Tumpo vai ter um Parque Temático
No município do Cuito Cuanavale, o Executivo angolano vai construir, no Triângulo do Tumpo, um Parque Temático, que será implantado numa área de cerca de sete mil hectares ao longo das margens dos rios Cuito e Cuanavale.
A imponente infra-estrutura vai contar com zonas de exposição de armamento usado durante a Batalha do Cuito Cuanavale, restaurantes, estabelecimentos comerciais, unidades hoteleiras, piscinas, carrosséis, montanha russa, entre outros lugares de lazer.
O local onde vai ser construído o Parque Temático tem um sistema ecológico intacto, com realce para os recursos florestais, faunísticos e hídricos, que são as bases fundamentais para a construção daquele que será o primeiro parque temático em Angola e de referência internacional.
A construção desta imponente infra-estrutura visa, de forma pedagógica, permitir, a partir de exposições de equipamentos militares, explicar, sobretudo às novas gerações, o espírito de resistência, coragem, determinação e de superação que os angolanos tiveram para a conquista da Batalha do Cuito Cuanavale contra o regime do apartheid da África do Sul.
Para o início das obras de construção do Parque Temático aguarda-se apenas o fim do processo de desminagem, que está a ser levado a cabo pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD) e a Brigada de Engenharia Militar.
Sede do KAZA
O município do Cuito Cuanavale vai albergar a sede da ATFC/KAZA (Área Transfronteiriça de Conservação Kavango/zambeze) na componente angolana. Para o arranque das obras aguarda-se a disponibilidade de verbas.
Em Agosto de 2013, Pedro Mutindi, enquanto ministro da Hotelaria e Turismo, fez o lançamento da primeira pedra para a construção do edifício sede do KAZA (componente angolana), mas passados cerca de oito anos o projecto continua engavetado por falta de recursos financeiros, segundo apurou o Jornal de Angola.
O edifício, que vai ser construído numa área de 2.600 metros quadrados, terá dois pisos, uma sala de conferências, escritórios, agências de turismo, biblioteca, cozinha, refeitório, parque de estacionamento para 50 viaturas, entre outros compartimentos.
Angola continua a ser o único país que ainda não ratificou o acordo de implementação do
KAZA/ATFC com o Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe. Por esta razão, não tem acesso as verbas que anualmente os doadores internacionais colocam à disposição dos Estados-membros para apoiar a execução de projectos de conservação ambiental e protecção da biodiversidade.
O Projecto Okavango Zambeze é uma iniciativa dos cinco países membros da África Austral, nomeadamente Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, que pretendem estabelecer uma área de conservação e de turismo nesta região, aproveitando os caudalosos rios Cubango e Zambeze no contexto do desenvolvimento sustentável da biodiversidade e das comunidades que vivem ao longo do perímetro.
A zona transfronteiriça de conservação do KAZA estendese por uma área de aproximadamente 444.466.21 quilómetros quadrados. Integrada por parcelas territoriais dos cinco países membros, tem como objectivo primário harmonizar as políticas, estratégias e práticas de gestão dos recursos naturais que se estendem através das fronteiras internacionais dos Estados parceiros.
Cuando Cubango representa Angola neste mega-projecto turístico internacional, com uma área de 89.097.50 quilómetros quadrados, representando 17,43 por cento da área total de conservação. É considerado o pulmão do projecto, tendo em conta a exuberância e abundância da fauna e flora, com realce para os rios Cuito, Cubango e Cuando, que são navegáveis.
Apesar destas múltiplas vantagens entre os cinco países membros da ATFC/KAZA, Angola é o país mais atrasado em termos da falta de infraestruturas hoteleiras, telecomunicações, água potável, Internet e energia, entre outros serviços.
Património Mundial
A elevação do Memorial do Cuito Cuanavale a Património Mundial da Humanidade é das prioridades do Ministério da Cultura, que está a trabalhar na fundamentação do dossier.
A Unesco encoraja as autoridades angolanas a prosseguirem os estudos que visam comprovar que o Cuito Cuanavale, palco de uma das maiores batalhas da História contemporânea, tem matéria suficiente para ser admitida como Património da Humanidade.
O edifício, que vai ser construído numa área de 2.600 metros quadrados, terá dois pisos, uma sala de conferências, escritórios, agências de turismo, biblioteca, cozinha, refeitório, parque de estacionamento para 50 viaturas, entre outros compartimentos