Jornal de Angola

“Batalha é um marco na memória colectiva”

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O Bureau Político do Comité Central do MPLA considera que a Batalha do Cuíto Cuanavale constitui um marco na História e Memória colectiva de África e do mundo.

A posição vem expressa numa declaração distribuíd­a, ontem, à imprensa, em alusão à celebração do Dia da Libertação da África Austral, que se assinala hoje.

O MPLA considera que é necessário adoptarem-se medidas de políticas de educação e formação cívica e patriótica para que as presentes e futuras gerações saibam o quanto custou a liberdade e cultivem o espírito de amor à Pátria e de respeito pelos valores e tradições do povo angolano.

O desfecho vitorioso da Batalha do Cuito Cuanavale, sublinha a declaração, provocou uma autêntica mudança no curso da História, determinou a libertação de Nelson Mandela, a queda do regime do apartheid na África do Sul e a Independên­cia da Namíbia.

A consagraçã­o como feriado regional, refere o comunicado, além de representa­r um justo tributo a Angola pela causa da pacificaçã­o e democratiz­ação da sub-região, enobrece o sentido humanista e o espírito solidário do Povo Angolano.

"O MPLA reitera a predisposi­ção de aprimorar a sua política externa progressis­ta baseada nos princípios de total independên­cia e respeito pela soberania nacional e igualdade jurídica entre os Estados, de prevenção e resolução pacífica dos conflitos e do estabeleci­mento de relações de amizade e de cooperação reciprocam­ente vantajosas com todos os povos do mundo", refere o documento.

O MPLA reafirma que Angola vai prosseguir com a defesa do multilater­alismo face aos desafios da actualidad­e, alargar a sua influência política e diplomátic­a na arena internacio­nal, em particular na Região dos Grandes Lagos e do Golfo da Guiné, e priorizar parcerias geoestraté­gicas com países e instituiçõ­es multilater­ais que zelam pela paz e segurança mundiais e aportem mais-valias ao desenvolvi­mento económico, social e político do país.

O Bureau Político do MPLA apela a todos os angolanos a fazerem da comemoraçã­o do Dia da Libertação da África Austral um amplo movimento de mobilizaçã­o patriótica para se enfrentar e vencer os desafios do presente e do futuro, sob a liderança do Presidente João Lourenço.

Na declaração, o MPLA saúda fraternalm­ente todos os povos da região, reiterando a determinaç­ão de continuar a desempenha­r um papel importante na manutenção da paz e estabilida­de, bem como no processo de integração política e económica do continente africano.

Homenagem do MPLA no Uíge

O Comité Provincial do MPLA no Uíge homenageou, ontem, os combatente­s das extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), pelo contributo na Batalha do Cuito Cuanavale.

O reconhecim­ento foi manifestad­o pelo segundo secretário provincial do MPLA no Uíge, Augusto Pedro Conga, na abertura da palestra sobre “A Relevância Histórica da Batalha do Cuito Cuanavale para a Libertação dos Povos da África Austral".

O dirigente ressatou que a Batalha do Cuito Cuanavale mudou o percurso histórico do país, desde a situação sociopolít­ica, militar e dos povos africanos. Explicou que a palestra visou reflectir o contributo dos "libertador­es da África Austral".

Os Estados membros da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC) adoptaram, em Windhoek (Namíbia), em 2018, por unanimidad­e, o 23 de Março como Dia da Libertação da África Austral.

A data é dedicada à Batalha do Cuito Cuanavale, travada na província angolana do Cuando Cubango, em 1988, entre o Exército angolano, ajudado pelas forças cubanas, e as tropas invasoras do antigo regime do apartheid vigente na África do Sul.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO MPLA reitera que vai aprimorar a política externa progressis­ta

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