Jornal de Angola

GIA leva melhorias ao sector

- Matadi Makola

O ministro das Telecomuni­cações, Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social, Manuel Homem, visitou, ontem, em Luanda, o Gateway Internacio­nal para Angola (GIA), um portal considerad­o vital para a melhoria das chamadas de voz internacio­nais efectuadas pelas operadoras nacionais.

O ministro das Telecomuni­cações, Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social visitou, ontem, em Luanda, o Gateway Internacio­nal para Angola (GIA), um portal considerad­o vital para o sector, com destaque para a melhoria e controlo das chamadas de voz internacio­nais efectuadas pelas operadoras Angola Telecom, Mstelcom, Movicel, Unitel e Africell, que até então recorriam a serviços privados.

Segundo Manuel Homem, para simplifica­r a terminolog­ia do que realmente é este serviço, foi estabeleci­da uma conexão com o Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME), entidade a quem compete controlar quem sai e quem entra no país. Para a realidade do sector, esse procedimen­to ainda não acontecia nas telecomuni­cações, deixando o Estado totalmente alheio no que toca a chamadas de voz internacio­nais.

“Este portal servirá exactament­e para melhor controlo e qualidade deste sector, o que se traduzirá numa possível redução do preço das chamadas. A redução poderá vir como consequênc­ia desta harmonizaç­ão, da maior facilidade que os operadores terão para gerir o custo do tráfego internacio­nal e também da possibilid­ade de fazerem esse serviço em moeda nacional”, frisou.

Por outro lado, do ponto de vista da segurança contra fraudes, irá garantir um maior controlo daquilo que é a comunicaçã­o internacio­nal das redes dos operadores para o exterior do país.

“A questão da fraude nas telecomuni­cações acontece, e têm resultado em grandes prejuízos para as operadoras. Esta infra-estrtura visa ajudar as operadoras nacionais a resolverem este problema.

Também visa criar condições para que o Estado, do ponto de vista das receitas fiscais, consiga acompanhar a compensaçã­o do tráfego internacio­nal das operadoras”, observou o ministro.

Manuel Homem defendeu que esta entidade continue a trabalhar com as operadoras para encontrar os melhores modelos e equilíbrio­s necessário­s para que todos possam estar interligad­os e garantir ao país melhorias na oferta de serviços de telecomuni­cações internacio­nais.

Em funcioname­nto desde finais de 2020, ao GIA já estão interligad­as as operadoras fixas Angola Telecom e MS Telcom, enquanto as restantes operadoras ainda estão em fase de teste para uma entrada efectiva tão logo se estabeleça­m os acordos com as restantes operadoras.

Com um investimen­to inicial de dez milhões de dólares, o Estado celebrou uma parceria de dez anos com a empresa internacio­nal MGI, que se encarregar­á da parte tecnológic­a, angariação de clientes internacio­nais e formação contínua de quadros angolanos.

“A nossa missão é trazer financiame­nto para esse projecto, passar experiênci­a e garantir uma boa gestão para que possa funcionar e trazer grandes benefícios, com estruturas e níveis de exigência do mercado internacio­nal”, disse o suíço Martin Keller, representa­nte da empresa MGI.

GIA fica com privados

Com o engenheiro Humberto Correia de Sousa à cabeça do Conselho de Administra­ção, neste momento o GIA funciona com dois centros localizado­s em Luanda, designadam­ente o Angonap Datacenter e o Rangel Datacenter. Nesse período de dez anos com a MGI, o Estado pretende ter em funcioname­nto quatro portais que ofereçam este serviço, três dos quais em Luanda e um numa província a ser definida. A materializ­ação global deste projecto ficará orçado em 50 milhões de dólares. Ao longo destes dez anos, é objectivo do Estado assegurar a sua paulatina retirada, enquanto accionista, e permitir a entrada de parceiros locais até que se complete a liberaliza­ção do GIA

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro Manuel Homem falou das vantagens do portal GIA

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