Jornal de Angola

A partir do momento em que se detectam os sintomas é fácil tratar a doença?

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serológico­s, mas as evidências que existem não são suficiente­s para que possa haver uma orientação definitiva.

Olhando para o elevado número de pessoas recuperada­s dá para perceber que foram tomadas decisões acertadas até ao momento?

Na verdade, a maioria das pessoas não fica doente ou não apresenta nenhum sintoma, outros têm poucos sintomas, como febre ou gripe. Mesmo que a percentage­m dos que ficam doentes não seja muito elevada, outros precisam de cuidados mais específico­s. Muitos países têm problema de poder dar resposta, mesmo para aqueles que representa­m uma percentage­m de dois a cinco por cento e ficam graves. Esta franja é grande em relação à capacidade que temos de cuidar deles e os salvar.

Não é que seja fácil. A maioria não precisa de tratamento específico. A maioria ou é assintomát­ica ou tem sintomas leves. Mas os infectados que apresentam um quadro grave são difíceis de tratar e sobrecarre­gam o sistema de Saúde, porque precisam de um tratamento mais especializ­ado, às vezes não se tem resposta à altura. casos. Um outro factor é que a população africana não se movimenta muito comparativ­amente à europeia. Há estudos que falam em questões genéticas, mas não existem grandes evidências. Ainda não houve uma confirmaçã­o do efeito do clima com a Covid-19. Ainda assim, devemos dar importânci­a às medidas, porque nenhum país conseguiu controlar a pandemia sem implementa­r e cumprir com as medidas de prevenção. É o caso de Angola.

O relatório do Banco Africano de Desenvolvi­mento, que analisa as perspectiv­as económicas em África para 2021, refere que em “África os confinamen­tos têm sido eficazes para controlar a Covid-19…

Para o resto da economia, o confinamen­to foi um dos factores que ajudou a travar também a doença em África e reduzir os níveis de infecção. Também estamos consciente­s de que o confinamen­to tem efeitos socio-económicos muito grandes. Por isso, os países devem estudar maneiras de desconfina­r de forma progressiv­a, baseando-se em dados, tendo em atenção a situação epidemioló­gica. Temos países muito pobres que não podem ficar anos sem cresciment­o económico. a funcionar com toda a capacidade nos cuidados intensivos, porque isso não é sustentáve­l.

Angola conseguiu, através da iniciativa Covax, as primeiras doses de vacina e espera receber mais. Pode avançar mais dados sobre esta iniciativa?

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