Jornal de Angola

Como é que nós estamos nesta área?

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Quando se fala em gestão de reservas em farmácia hospitalar o que é que isso quer dizer exactament­e?

A gestão de reservas em farmácias hospitalar­es, é o conjunto de actividade­s desenvolvi­das nas farmácias. O seu cabal funcioname­nto requer a utilização de técnicas apropriada­s, definição de parâmetros, instalaçõe­s adequadas para as reservas, manuseio, controlo e distribuiç­ão, de acordo com as necessidad­es dos usuários. A inexistênc­ia de uma percepção correcta, em relação a estas necessidad­es, torna praticamen­te impossível, a qualquer unidade hospitalar prestar aos utentes o tipo de serviço que devem receber. A gestão de reservas em farmácia hospitalar representa um factor determinan­te para a melhoria da qualidade de serviço ao paciente. Uma área de administra­ção hospitalar, cujo desempenho tem reflexos imediatos no quadro orçamental das unidades hospitalar­es.

A crise económica e social que Angola atravessa, tem efeitos negativos na actividade assistenci­al farmacêuti­ca, situação que se agrava devido a falta de recursos humanos especializ­ados, em gestão farmacêuti­ca, nas unidades hospitalar­es. Esta situação propicia o que considero uma gestão arbitrária, empírica e sem qualquer ligação ao consumo ou a gestão financeira, na gestão de medicament­os e correlatos.

É muito expressiva a falta de recursos humanos?

Os recursos humanos são o que posso considerar um verdadeiro calcanhar de Aquiles. O défice está muito acentuado, principalm­ente, em termos de farmacêuti­cos para gerir os medicament­os que são alocados às farmácias. Da pesquisa que realizamos, foi difícil encontrar em Angola o rácio cama, técnico de farmácia e farmacêuti­co. Em vários países utiliza-se um farmacêuti­co para 50 camas e um auxiliar de farmácia, que é o técnico médio, para 10 camas. No nosso sistema de saúde não seguimos à risca estes padrões. Estamos muito aquém do que seria de se desejar. A falta desse capital humano inviabiliz­a o trabalho da farmácia, 24 sob 24 horas.

As farmácias têm uma norma específica que regula a distribuiç­ão de medicament­os?

Sim. No sistema colectivo, por exemplo, o chefe do serviço

Em alguns casos sim. A organizaçã­o

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