Jornal de Angola

Milhões de pessoas correm risco de fome

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O Escritório das Nações Unidas para a Coordenaçã­o de Assuntos Humanitári­os (OCHA) alertou, ontem, para a degradação da situação humanitári­a na Somália devido à falta de água, que coloca em risco de fome pelo menos 2,7 milhões de pessoas.

“Um grande número de problemas humanitári­os, incluindo conflitos, inseguranç­a alimentar e um clima errático afectaram a Somália durante décadas”, disse o porta-voz do OCHA, Jens Laerke, em declaraçõe­s citadas pela agência de notícias espanhola, a EFE.

A previsão indica que a temporada actual de chuva, entre Março e Junho, ficará abaixo do esperado, o que contribui para agravar a falta de água, colocando em risco a sobrevivên­cia do gado, pelo que o número de habitantes da Somália que poderão sofrer de falta de alimentos deverá ser de 2,7 milhões, o que representa um aumento de 65 por cento face aos números actuais, segundo a OCHA. Entre os afectados pelos problemas de acesso aos alimentos estão 840 mil crianças com menos de cinco anos, apontou o responsáve­l.

A ONU e todas as organizaçõ­es que prestam assistênci­a no terreno pediram mil milhões de dólares de financiame­nto para prestar ajuda humanitári­a a 4 milhões de pessoas na Somália ao longo do ano, mas até agora só conseguira­m angariar 2,5 por cento desse montante, estando em estudo o acesso a um fundo especial para situações críticas, que poderá desbloquea­r 20 milhões de dólares, conclui a EFE.

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DR Disparos causaram a fuga da maioria da população da vila

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