Junta liberta mais de 600 detidos desde golpe militar
Desde o golpe de Estado militar, repetem-se as manifestações de protesto em todo o país, marcadas pela violência policial e do Exército
Mais de 600 detidos
A junta está também a visar os meios de Comunicação Social. Thein Zaw, um fotógrafo da agência de notícias Associated Press, acusado de “semear o medo e a espalhar falsas notícias”, foi, também, libertado. ilegalidade”, a Junta Militar libertou, ontem, mais de 600 pessoas que estavam detidas, incluindo um repórter fotográfico da agência norte-americana Associated Press (AP).
A nova resolução ontem adoptada, no final da 46ª sessão do Conselho, condena novamente “nos termos mais veementes” o derrube do Governo civil birmanês e renova os apelos para a “libertação imediata e incondicional” de todas as pessoas que tenham sido arbitrariamente presas, detidas ou acusadas.
O texto exige novamente, em particular, a libertação imediata e incondicional de todos os jornalistas, defensores dos direitos humanos, líderes religiosos, membros da sociedade civil, conselheiros locais e estrangeiros, profissionais de saúde, académicos, professores e activistas que tenham sido detidos “por razões políticas”.
A resolução apela, igualmente, à protecção do direito à liberdade de opinião e de expressão em meios digitais, bem como condena “o uso desproporcionado da força por parte do Exército e da Polícia, nomeadamente o uso indiscriminado de força letal” e exorta o Exército a procurar uma solução pacífica para a actual crise.
De acordo com a Organização Não-governamental Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP), mais de 2.800 pessoas, incluindo políticos, estudantes e monges, foram detidas na sequência do golpe de Estado militar que derrubou o Governo de Aung San Suu Kyi.
A repressão policial e militar já fez, pelo menos, 261 mortos desde o início de Fevereiro, de acordo com a mesma fonte.