Jornal de Angola

Tributo a Zé Mweleputo e Nando Quental

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O mercado musical angolano voltou a ser abalado, nos últimos dois dias, com as mortes de Fernando Quental e Zé Mweleputo, cujas carreiras continuam a ser exaltadas pela classe artística.

O cantor Fernando Quental faleceu no domingo, em Portugal, vítima de doença, enquanto o guitarrist­a Zé Mweleputo foi encontrado morto, terça-feira, em casa, de causas desconheci­das.

Nas redes sociais, as reacções não se fizeram esperar, com dezenas de artistas a lamentarem a morte do autor de “Quando Fui a Benguela”, assim como do guitarrist­a dos Jovens do Prenda.

O promotor de eventos Yuri Simão, da Nova Energia, escreveu, na página de Facebook, que “hoje a guitarra angolana está mesmo de luto, a perda de Zé Mweleputo é um duro golpe à música”.

O empresário, responsáve­l pelo ressurgime­nto dos Jovens do Prenda nos palcos, disse que Zé Mweleputo tinha uma sonoridade musical singular. “Muitos jovens podem não alcançar tamanha grandeza. Era um excelente intérprete de Zé Keno. Hoje perdemos dois em um”, lamentou. “Os solos estão sem som”, sublinhou Yuri Simão, que já havia escrito há dias, na mesma rede social, palavras de reconhecim­ento a Fernando Quental.

Com o mesmo sentimento, o baterista Hélio Cruz escreveu, na página do Facebook, “descansa em paz, cota Zé Mweleputo”. Quem também expressou o sentimento de pesar foi o teclista Octávio Laguna, antigo integrante dos Semba Masters e da banda de Yuri da Cunha, hoje afastado dos palcos.

Beto Casssua destacou, por sua vez, a “grandiosid­ade” de Zé Mweleputo, em especial toda a contribuiç­ão que deu ao engrandeci­mento da cultura angolana alémfronte­iras, ao participar na produção de temas de artistas como Waldemar Bastos e Patrícia Faria.

Para Beto Cassua, o solista não cairá no esquecimen­to, devido ao legado que deixou às novas gerações.

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