MPLA assegura mais mulheres nos órgãos de decisão
João Lourenço discursou na abertura do VII Congresso da OMA, que culmina, hoje, com a eleição da nova secretária-geral da organização
O presidente do MPLA, João Lourenço, garantiu, ontem, que o partido vai assegurar a participação plena e efectiva das mulheres na vida económica, social e cultural do país, bem como maior representação nos órgãos de decisão. João Lourenço discursava na abertura do VII Congresso da Organização da Mulher Angolana (OMA), que termina hoje e fica marcado pela transição geracional na liderança da organização. A secretária-geral, Luzia Inglês, passa o testemunho a Joana Tomás.
O presidente do MPLA, João Lourenço, declarou, ontem, que o partido vai continuar a assegurar “a participação plena e efectiva das mulheres na vida económica, social e cultural do país, bem como da sua representação nos órgãos de decisão”.
Ao discursar, em Luanda, na abertura do VII Congresso da Organização da Mulher Angolana (OMA), que marca uma transição geracional na liderança, João Lourenço disse esperar que a organização feminina do MPLA contribua para que o Estado continue a aplicar políticas públicas em prol da igualdade de género e fortalecimento do papel da mulher na sociedade.
Anunciou, para este ano, durante o VIII Congresso Ordinário do MPLA, o aumento em 50 por cento, tanto na participação como da representação das mulheres “nos órgãos e organismos do partido em vários níveis”. João Lourenço considerou aquele passo um “acto inédito na história das organizações políticas angolanas ao longo de todos os tempos”.
A OMA, disse, é uma grande escola, defensora dos mais nobres valores da sociedade, patriotismo, civismo, ética, moral e solidariedade e, por isso, “nunca mediu esforços para educar e sensibilizar as mulheres para os ideais políticos do MPLA, contribuindo sempre para as vitórias do nosso partido e as conquistas alcançadas pelo país, desde a nossa Independência”, disse. O líder do MPLA considera fundamental que a OMA preste atenção aos assuntos importantes, nos quais a mulher deve ter uma voz, como o desenvolvimento do poder local e as eleições autárquicas, promoção de campanhas de alfabetização, diversificação da economia, empreendedorismo, literacia financeira e digital e programas para a retirada gradual de milhares de mulheres da economia informal, com todas as vantagens daí decorrentes.
João Lourenço reconheceu que, em Angola, as mulheres têm contribuído para o desenvolvimento económico, social e cultural, tendo adquirido o “estatuto de sujeito da própria história”.
“A OMA continuará a incentivar e apoiar o surgimento de organizações solidárias, comunitárias e sociais de mulheres na sociedade angolana, e velar pela participação activa em acções, projectos e programas específicos no âmbito da melhoria da qualidade de vida das mulheres, principalmente das mais vulneráveis e desprotegidas”, garantiu. João Lourenço acrescentou que
“a OMA, enquanto maior organização feminina do país, continuará a assumir o papel de protagonista na sensibilização das mulheres para o exercício da cidadania, dinamizando acções concretas que visam o empoderamento das mulheres e a sua participação activa na política e na sociedade”.
Angola, sublinhou, registou progressos na inserção e empoderamento das mulheres nas diferentes esferas, promoveu novas lideranças femininas que se vêm fortalecendo nos cenários de decisão política a nível nacional.
O líder do MPLA disse esperar que o Congresso Ordinário da OMA seja criativo na busca de soluções para aumentar a participação plena e efectiva da mulher nos órgãos de tomada de decisões na vida pública.
João Lourenço deixou uma mensagem de reconhecimento às mulheres que estão na primeira linha no combate à Covid-19 e a todas as que, em outras áreas, contribuem para diminuir o impacto da pandemia nas famílias.