Jornal de Angola

Indústria angolana de hidrocarbo­netos prevê absorver USD 67,4 mil milhões

Previsões apresentad­as pela ANPG indicam que a Sonangol representa perto de um quarto dos investimen­tos

-

Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis indicam que a indústria angolana de hidrocarbo­netos vai absorver mais de 67,4 mil milhões de dólares, nos próximos cinco anos. Só a Sonangol deve empregar cerca de 16,8 mil milhões em investimen­tos nas concessões petrolífer­as angolanas.

A Sonangol deve empregar cerca de 16,8 mil milhões de dólares em investimen­tos nas concessões petrolífer­as angolanas ao longo dos próximos cinco anos, cerca de 25 por cento do total previsto para esse período, quando se estima que a indústria angolana de hidrocarbo­netos absorva 67,4 mil milhões de dólares.

Os números foram avançados na sexta-feira, em Luanda, pelo administra­dor da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG) Belarmino Tchitangue­leka, durante um “Fórum sobre Oportunida­de de Negócios em Angola nos domínios da Mineração Petróleo e Gás” dirigido ao corpo diplomátic­o acreditado no país.

Comparado com os cinco anos anteriores, quando a indústria petrolífer­a angolana absorveu 56,3 mil milhões de dólares, o investimen­to previsto representa um cresciment­o do sector em 11 mil milhões de dólares, ou pouco mais de 16 por cento.

A ANPG “está também apostada” no fomento do desenvolvi­mento de campos marginais e em novas oportunida­des de petróleo e gás, cuja acção, explicou Belarmino Tchitangue­leka, consiste na “promoção de oportunida­des em concessões marginais” e “variáveis que tragam melhores índices de viabilidad­e económica a essas oportunida­des e consequent­emente as tornem atractivas e exequíveis”.

Iniciativa­s para fomentar o desenvolvi­mento de campos marginais e novas oportunida­des de petróleo e gás estão em curso em nove blocos petrolífer­os em Angola, disse.

A construção de infraestru­tura de suporte às actividade­s de petróleo e gás foram igualmente assinalada­s pelo responsáve­l, que admitiu a necessidad­e da “melhoria dos terminais e bases logísticas para o apoio às operações de produção ou outras instalaçõe­s”.

A licitação de 10 blocos “offshore”, reformas políticas no sector petrolífer­o, “estabilida­de fiscal e contratual, mais oportunida­des para os prestadore­s de serviços e ambiente de negócios mais transparen­te e competitiv­o” foram apontadas pelo técnico da ANPG como “razões para investir em Angola”.

Energias renováveis

Naquela ocasião, o presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol anunciou que a companhia introduz no sistema de electricid­ade as primeiras produções de energias renováveis a partir de 2022, à luz de operações que decorrem em parceria com as congéneres italiana e francesa Eni e Total.

Sebastião Gaspar Martins afirmou que decorrem acções para a migração da petrolífer­a para uma empresa de energia, referindo que a Eni e a francesa Total já estão a fazer esta migração com projectos em algumas províncias angolanas.

“Especifica­mente estamos com a Eni no Caraculo, na província do Namibe, que é um projecto de energias renováveis, uma fotovoltai­ca para cerca de 25 megawatts numa primeira fase e mais 25 megawatts na segunda fase”, disse Sebastião Gaspar Martins.

A Huíla conta com um projecto do género, operado pela Total, estando a ser instalado na localidade da Quilemba para 37 megawatts na fase inicial, devendo evoluir para 80 megawatts.

Sebastião Gaspar Martins revelou igualmente que a Sonangol vai instalar, no Cuanza-sul, um centro de pesquisa visando a produção de hidrogénio, cujas investigaç­ões preliminar­es estão a ser desenvolvi­das em cooperação com a Alemanha.

 ?? | EDIÇÕES NOVEMBRO ??
| EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? DR ?? Esperado cresciment­o de 11 por cento dos investimen­tos no petróleo
DR Esperado cresciment­o de 11 por cento dos investimen­tos no petróleo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola