Presidente Sisi promete sanção para os culpados
O Presidente egípcio, Abdel Fattah El-sisi, prometeu, sexta-feira à noite, uma “sanção dissuasiva” aos responsáveis pela colisão de dois comboios de passageiros que provocou pelo menos 32 mortos perto de Sohag, no Sul do Egipto.
“Quem provocou este doloroso acidente por negligência ou corrupção ou qualquer outra razão, deverá ser alvo de uma “sanção dissuasiva, sem excepção nem atraso”, escreveu Sisi na sua conta na rede social Twitter e divulgada pela Reuters.
O Ministério Público também anunciou em comunicado a abertura de um inquérito para elucidar as circunstâncias do acidente.
Diversas cadeias de televisão egípcias difundiram, sexta-feira, imagens aparentemente registadas por telefones portáteis, onde surge uma grande concentração de pessoas e equipas de socorro a inspeccionarem no meio de carruagens derrubadas e pertences espalhados em redor.
Segundo a autoridade egípcia dos caminhos de ferro, o comboio Luxor-alexandria
e o comboio Assuãocairo colidiram após indivíduos não identificados “terem accionado o travão de segurança em diversas carruagens” numa das duas composições. A colisão, que se traduziu pelo derrube de várias carruagens, decorreu “entre as estações de Maragha e Tahta.
A ministra da Saúde, Hala Zayed, estava a caminho do local do acidente “para acompanhar o estado dos feridos”, segundo um comunicado oficial.
Na sequência deste acidente, o Presidente Sisi anunciou a substituição do ministro dos Transportes Hicham Arafat, um civil, pelo general Kamel el-wazir.
O Egipto é regularmente palco de graves acidentes rodoviários e ferroviários, devido a um tráfego anárquico, a veículos antigos e deteriorados ou a estradas e ferrovias mal conservadas.
A tragédia ferroviária mais mortal da história do Egipto ocorreu em 2002, com o incêndio de um comboio a cerca de 40 quilómetros do Cairo, que causou 370 mortos.