Jornal de Angola

China impõe sanções a figuras e entidades do Canadá e EUA

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A China anunciou, ontem, sanções contra três personalid­ades e uma entidade do Canadá e dos Estados Unidos, em resposta às sanções impostas por estes países a Pequim devido ao tratamento da minoria uigur.

Dois membros da comissão norte-americana de liberdade religiosa internacio­nal, Gayle Manchin e Tony Perkins, o deputado canadiano Michael Chong e uma comissão parlamenta­r canadiana sobre direitos humanos estão proibidos de entrar na China continenta­l, em Hong Kong e Macau, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeir­os chinês.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeir­os, os Estados Unidos e o Canadá impõem sanções “com base em rumores e desinforma­ção”.

Os responsáve­is sancionado­s, que também ficaram proibidos de fazer negócios com cidadãos e instituiçõ­es chinesas, “devem parar qualquer manipulaçã­o política em questões relacionad­as com Xinjiang e cessar as intromissõ­es em assuntos internos chineses”, indicou o Ministério.

“Caso contrário, vão queimar os dedos”, adverte o comunicado de imprensa do Governo chinês.

A União Europeia, o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá impuseram na segunda-feira sanções coordenada­s a dirigentes e exdirigent­es da região de Xinjiang, onde afirmam que Pequim impôs há anos uma vigilância policial drástica. Pequim retaliou imediatame­nte com sanções impostas a personalid­ades europeias e britânicas.

Segundo estudos publicados por institutos dos Estados Unidos e Austrália, refutados por Pequim, pelo menos um milhão de uigures foram internados em “campos” em Xinjiang, no Noroeste da China, e alguns foram submetidos a “trabalho forçado”, especialme­nte em campos de algodão. Washington considera que a repressão desta minoria muçulmana constitui um “genocídio”.

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