Jornal de Angola

Acção suicida atribuída a um casal apoiante do EI

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O ataque suicida próximo da Catedral Católica na Indonésia, no domingo, foi executado por um casal que pertencia a uma organizaçã­o extremista apoiante do grupo Estado Islâmico (EI), disse, ontem, a Polícia indonésia.

O ataque, que teve como alvo a Catedral de Makassar (no Leste do país) na ilha de Celebes, no final de uma cerimónia religiosa pascal, provocou cerca de vinte feridos.

“Os agressores era um casal que se uniu, há apenas seis meses” - composto por um homem e uma mulher, ambos com cerca de 20 anos - disse o porta-voz da Polícia indonésia, Argo Yuwono, que acrescento­u que as investigaç­ões vão continuar para tentar perceber se houve outras pessoas envolvidas.

Os dois jovens morreram ao entrar no complexo numa motociclet­a, onde detonaram um artefacto caseiro.

Uma brigada da Polícia Anti-terror deslocou-se a casa dos jovens e a outros endereços em Makassar, uma cidade portuária com cerca de 1,5 milhões de habitantes, na busca de explosivos, armas e outras pistas.

O homem envolvido no ataque ganhava a vida a vender comida numa barraca de rua, na versão de Nuraini, um habitante da localidade.

“Quando era criança, era gentil, mas, quando cresceu, deixou de se relacionar com as pessoas daqui”, disse o homem que, como muitos indonésios, tem apenas um nome.

A explosão do lado de fora da principal Igreja Católica em Makassar ocorreu após a celebração da missa do Domingo de Ramos.

Na segunda-feira, 15 pessoas permanecer­am hospitaliz­adas sem que a gravidade dos ferimentos fosse conhecida e quatro outros feridos receberam alta do hospital.

O chefe da Polícia Nacional, Listyo Sigit Prabowo, disse, na noite de domingo, que os agressores faziam parte da organizaçã­o radical Jamaah Ansharut Daulahum grupo extremista acusado de organizar ataques a igrejas em Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia, em 2018, que provocou mais de uma dezena de mortes, incluindo crianças.

Esse grupo terrorista também foi implicado pela Polícia indonésia num ataque suicida de 2019 na Catedral de Jolo, nas Filipinas, que provocou, pelo menos, 20 mortos.

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