Plano da indústria custa 120 milhões de dólares
Ministro Victor Fernandes disse na apresentação do “PDIA 2025” que o projecto agrega as orientações de política-pública consideradas necessárias para diversificar a economia do país
O Plano de Desenvolvimento Industrial de Angola para o horizonte 2025 (PDIA 2025) vai mobilizar, em quatro anos, um valor de 120 milhões de dólares para relançar a indústria, fundamentalmente a produção interna de bens da cesta básica.
Apresentado, ontem, em Luanda, pelo ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, o PDIA reúne as orientações de política-pública consideradas necessárias para concretizar os objectivos estabelecidos a nível nacional para o sector da Indústria Transformadora.
Esta opção vai ao encontro do papel importante que a indústria deverá continuamente desempenhar no quadro da diversificação da economia, segundo afirmações do ministro da Indústria e Comércio.
Segundo Victor Fernandes, os objectivos traçados vão traduzir-se, até 2025, no aumento da produção industrial, redução da dependência ao exterior, com realce para aos produtos da cesta básica, além da criação de empregos.
Para a elaboração do projecto, o sector "procurou compatibilizar vários pressupostos de alto nível", como por exemplo, os compromissos e prioridades do país no contexto internacional (a nível global, continental e regional).
No contexto global, informou o ministro, o plano está em linha com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento, das Nações Unidas, e a nível continental está de acordo com o da União Africana (Agenda 2063), e regional com o da SADC (Estratégia e Roteiro para a Industrialização 2015-2063).
Já no contexto interno, o mesmo está enquadrado no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 e em programas de acção seleccionados, com destaque para o PRODESI, que prevê a expansão da produção nacional, através do desenvolvimento integrado das várias fileiras produtivas.
Victor Fernandes disse que com o PDIA 2025, o Estado assume-se como regulador, incentivador e coordenador, sendo o sector privado (empresários e gestores de empresas industriais) o "verdadeiro" protagonista do desenvolvimento industrial, através dos investimentos que realiza e da gestão que faz da actividade industrial.
"O Estado assume-se, também, como parceiro do sector privado, procurando identificar os desafios com que as empresas se debatem em cada momento, envidar esforços para resolver os obstáculos que se colocam ao desenvolvimento da actividade industrial e promover as condições transversais necessárias para aumentar o investimento na indústria transformadora. Esta parceria passa pelo diálogo constante com as associações industriais de vários subsectores, as quais dão voz a várias empresas", avança.
O PDIA 2025 está organizado em quatro eixos de intervenção (de acordo com as dimensões do funcionamento das empresas industriais: ambiente institucional e regulamentar, capital humano, infra-estruturas de localização e ecossistema empresarial), 15 Sub-programas, 50 Acções e diversas tarefas.
O Estado assumese, também, como parceiro do sector privado, procurando identificar os desafios com que as empresas se debatem em cada momento, envidar esforços para resolver os obstáculos