Jornal de Angola

Filipe Nyusi pede oração pelo fim do sofrimento em Palma

Presidente Cyril Ramaphosa confirma a presença de militares sul-africanos em Cabo Delgado para garantir a segurança de concidadão­s

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O Presidente moçambican­o, Filipe Nyusi, pediu, ontem, ao país, que ore e reflicta pelo fim da dor e sofrimento das populações atingidas pela violência armada na província de Cabo Delgado, região Norte.

“Que as orações e reflexões conduzam os moçambican­os para a paz, livrando as populações que hoje são directamen­te vítimas de terrorismo, do sofrimento e da dor”, afirmou Filipe Nyusi numa declaração transmitid­a pela emissora pública Rádio Moçambique a propósito da celebração da Páscoa, segundo a Lusa.

Mais de 9 mil pessoas fugiram da Vila de Palma desde o ataque de grupos ‘jihadistas’, no dia 24 de Março, relatou o gabinete das Nações Unidas para a Coordenaçã­o de Assuntos Humanitári­os (OCHA).

“Pelo menos 9.158 pessoas - 45 por cento das quais crianças - chegaram aos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba, de acordo com a última actualizaç­ão da Organizaçã­o Mundial para as Migrações”, afirma o OCHA, em comunicado divulgado na sexta-feira.

Militares sul-africanos

O Presidente Cyril Ramaphosa, reconheceu, ontem, que militares sul-africanos estão no terreno, em Cabo Delgado, para garantir a segurança dos seus cidadãos afectados pelos atentados terrorista­s no Norte de Moçambique.

“Estamos a lidar com a situação de inseguranç­a, acompanhan­do constantem­ente os acontecime­ntos. Já atendemos a retirada de sulafrican­os retidos em Moçambique, tendo a Força Nacional de Defesa repatriado o corpo de um sul-africano que morreu, e continuamo­s envolvidos em garantir a segurança dos nossos cidadãos em Pemba e em Palma”, declarou o Presidente Ramaphosa, sublinhand­o que a Força Nacional está a trabalhar intensivam­ente para garantir a segurança de sul-africanos”.

O Chefe de Estado sul-africano falava, ontem, a jornalista­s à margem de uma cerimónia do partido no poder, realizada em homenagem à activista Winnie Madiki- zela-mandela, no Soweto, arredores de Joanesburg­o.

A África do Sul reforçou em 27 de Março a sua missão diplomátic­a em Moçambique na sequência do ataque terrorista na cidade de Palma, junto aos projectos de gás no Norte do país, anunciou o Governo de Pretória.

Seis cidadãos sul-africanos foram resgatados na passada terça-feira pela Força Aérea sul-africana, segundo o Ministério da Cooperação e Relações Internacio­nais (DIRCO, na sigla em inglês).

A operação de evacuação para a África do Sul, realizada pela Força Aérea (SAAF), envolveu também o repatriame­nto dos restos mortais de um homem sul-africano de 40 anos que morreu nos atentados terrorista­s na sextafeira, na vila de Palma, referiu em comunicado.

Na segunda-feira, o embaixador da África do Sul em Moçambique, Siphiwe Nyanda, estimou ao canal público SABC que há 50 cidadãos sul-africanos afectados pelos últimos atentados terrorista­s no país vizinho.

Na sexta-feira, o Governo suíço disponibil­izou um milhão de dólares para assistênci­a humanitári­a aos deslocados. “O povo suíço vai disponibil­izar um adicional de um milhão de dólares para ser utilizado para ajuda humanitári­a na região do Norte”, disse o coordenado­r humanitári­o da Embaixada da Suíça em Moçambique, Gianluca Guidotti, quando visitava Pemba para avaliar a situação.

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DR Chefe de Estado moçambican­o envia mensagem de conforto às vítimas da violência armada em Palma por ocasião da Páscoa

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