Jornal de Angola

Conselho de Segurança pede eleições na Somália

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu, numa declaração divulgada ontem, aos líderes da Somália, para que se reunissem “na primeira oportunida­de” a fim de romper o impasse que atrasa a realização das eleições que tinham sido marcadas para 8 de Fevereiro, noticiou a Reuters.

A pressão tem crescido sobre o Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, desde que as eleições de Fevereiro não se realizaram devido à falta de acordo sobre como a votação deveria decorrer. Dois Estados regionais disseram que não participar­iam sem um acordo.

As questões controvers­as no processo eleitoral incluem a formação da Comissão de Gestão Eleitoral, a selecção dos membros da comissão para a região separatist­a da Somalilând­ia e a crise na região fronteiriç­a da Somália-quénia, em Gedo.

Os críticos acusam Mohamed, que tenta um segundo mandato de quatro anos, de atrasar a eleição para estender o seu actual mandato, culpando intervençõ­es estrangeir­as não identifica­das.

O Conselho de Segurança pediu que as partes resolvesse­m as questões pendentes com base num acordo alcançado no último dia 17 de Setembro. Em 12 de Março, o Conselho de Segurança exortou o Governo federal e os Estados regionais “a organizare­m eleições livres, justas, confiáveis e inclusivas”, segundo o acordo obtido em Setembro”. Esse último acordo foi feito com base numa resolução que autorizava a União Africana a manter a sua força de quase 20 mil homens na Somália até ao final do ano com um mandato para reduzir a ameaça do al-shabab e de outros grupos extremista­s para permitir “um Governo estável, federal e soberano.

O Conselho de Segurança voltou agora a condenar os ataques terrorista­s do alshabab e reafirmou o apoio à soberania nacional, integridad­e territoria­l e independên­cia política da Somália”. Os membros do Conselho de Segurança também elogiaram o papel da UA “na promoção do diálogo entre as partes.”

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