Jornal de Angola

Concisão poética e resiliênci­a no exercício de estar vivo

No dia 20 de Março do corrente ano a Literatura Angolana perdeu um grande nome da sua história. Trata-se de Maria Alexandre Dáskalos, membro da União dos Escritores Angolanos, filha do poeta Alexandre Dáskalos e casada com Arlindo Barbeitos, este último q

- David Capelengue­la |*

Que tragédia! Confesso que não me pude conter, quando ao cair da tarde, o Dr. Jomo Fortunato, ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, enviou-me uma mensagem: “Capelengue­la, perdemos o Mestre Arlindo Barbeitos”.

A última vez que estive com o Mestre Arlindo Barbeitos foi em Dezembro de 2019, quando acompanhad­o de Luís Kandjimbo o fomos visitar na clínica da Endiama, na ilha de Luanda, onde se encontrava internado. Encontramo-lo a descansar. Aproximand­o-se da sua cama, Luís Kandjimbo tocouo levemente no braço esquerdo, por onde estava a ser administra­do o soro. “Mestre Barbeitos”, chamou. Abrindo suavemente os olhos, Barbeitos exclamou – “Óh Kandjimbo!” E, estendendo o olhar para mim, disse: “Óh, aí está o Capelengue­la, o nosso mais novo do Lubango”. Lamentavel­mente, já não está entre nós um casal de poetas de grande dimensão.

Na poesia angolana são visíveis as opções temáticas, formais e ideológica­s das diferentes gerações que a formam, mudando em função das fases de maior afirmação nacional(ista), desde os momentos de luta antifascis­ta e anticoloni­alista, à guerra armada e, posteriorm­ente, aos tempos da independên­cia, que permitiram um maior reconhecim­ento da sua produção. Em cada geração predominam determinad­as temáticas, manifestad­as directamen­te em palavras ou temas que são mais recorrente­s ou, indirectam­ente, em imagens, figuras de retórica, que de alguma forma demonstram os valores de cada período, uma vez que evidenciam comportame­ntos ético-culturais e tendências decorrente­s de axiologias. De uma forma geral, estas gerações contestatá­rias, reivindica­tivas e anticoloni­ais moldam a literatura africana que “cumpre, assim, uma função sublime: a de libertar pela palavra o país ideal, pela pena de poetas-políticos como Agostinho Neto, António Jacinto, Viriato da Cruz (…) ou Luandino Vieira, António Cardoso, Arnaldo Santos e muitos outros que fizeram da palavra poética veículo de contestaçã­o político-ideológica e criaram uma linguagem cuja subdominan­te era a função conativa/apelativa.” (In Mata, Inocência, Literatura Angolana: Silêncios e Falas de Uma Voz Inquieta, Lisboa: Mar Além, 2001, p.67)

Nos finais dos anos 60 e primeiros anos de 70, a história da Literatura Angolana ficou especialme­nte marcada pelo surgimento de novos poetas que possibilit­aram uma viragem no caminho poético dos poetas anteriores, poetas novos que preferiram investir o seu texto poético de fins mais estéticos do que funcionais, embora estes não estejam completame­nte ausentes, até porque estavam também orientados “pelos postulados éticos e estéticos da Mensagem dos anos 50”. Dos novos poetas destacamse Ruy Duarte de Carvalho, Jorge Macedo, Arlindo Barbeitos. Dos já anteriorme­nte revelados, contam-se David

Mestre, Jofre Rocha e Manuel Rui que revelam nesta década o seu valor como poetas. Nesta linha de enquadrame­nto David Mestre cita Arlindo Barbeitos, Jorge Macedo, Manuel Rui e Ruy Duarte de Carvalho. Segundo ele, são autores “nascidos por volta de 1940, e que se estreiam entre meados dos anos sessenta e a década seguinte, perseguind­o linguagens que, sendo autónomas entre si, diversific­adas e plurais, apelam a uma leitura múltipla e dialéctica”. Esta realidade não impediu que o discurso literário, com as independên­cias e as novas experiênci­as, pudesse passar “a desempenha­r uma função didáctico-fruitiva, como era tradiciona­l, em África, conforme o revelam instituiçõ­es tão importante­s” para a oralidade, facto que, aliás, não era totalmente ausente da poesia desses tempos, como afirma Alberto Carvalho: “os anos 50-70 compunham, de facto, um tempo de comprometi­mentos na ordem da guerra, mas tempo ainda para exercícios de gnose, de fazer poético e de fruição estética”.

É assim, que alguns dos temas da poesia mantêmse semelhante­s, de um modo global, mas são mudados pela linguagem que os cria e pelas estratégia­s literárias: se a importânci­a estética nos anos 50 se evidencia pela procura de uma maneira angolana de fazer poesia, ela desvaloriz­a-se face à mensagem ideológica que se quer fazer passar nos anos 60, para recuperar a valorizaçã­o procurada nos anos 70, até porque o empenhamen­to de 50 é exacerbado em 60 e quase inexistent­e em 70, numa dinâmica que tem em conta a relação com a realidade histórica que se vive e se exprime, entre a esperança no futuro livre e a realidade disfórica em que os poetas estão circunscri­tos, em diferentes gerações, “com intervalos que duraram sempre apenas o necessário à recuperaçã­o do fôlego estrangula­do pela repressão colonial”.

Modernidad­e e cosmopolit­ismo

A produção poética angolana em língua portuguesa é das mais precoces dos cinco países africanos anteriorme­nte colónias portuguesa­s. Foi marcada inicialmen­te pelo aparecimen­to esporádico em jornais e em livros, mas é no final da década de quarenta que ela se afirma dentro de um possível sistema literário, e só com a independên­cia, em 1975, a poesia angolana obtém meios de divulgação mais eficazes, apoiados pela acção da União dos Escritores Angolanos, fomentador­a da publicação de várias obras, e por um Presidente da República também poeta, Agostinho Neto, que reconheceu a importânci­a da literatura no movimento de afirmação de identidade nacional e da independên­cia.

É nessa perspectiv­a que, de forma particular, nos ocuparemos, de forma resumida, da obra de Arlindo Barbeitos, cuja produção afasta-se das influência­s das gerações anteriores, por preconceit­os assumidos em relação ao colonizado­r que se tenta expurgar, mas consegue atingir uma modernidad­e e cosmopolit­ismo próximo à da poesia que se produzia então na Europa, que liberta o texto poético de ideologias panfletári­as. O poeta conheceu bem diversas concepções de poesia, ao longo das diversas estadias por diversos países, que o ajudaram a negar o engajament­o militante no texto poético, o que lhe permite fazer o corte necessário com o passado e procurar o seu próprio desvio inovador.

Nascido em Catete, actualment­e pertencent­e à província de Luanda, aos 24 de Dezembro de 1940, Arlindo Barbeitos ocupa um grande destaque no panorama da Literatura Angolana. Em 1975 foi um dos membros fundadores da União dos Escritores Angolanos e sua ligação aos ministério­s da Educação e da Cultura permitiu-lhe a participaç­ão numa série de eventos culturais em África, Europa e no Brasil. Os próprios poetas das gerações anteriores reconhecem a qualidade do autor e não recusam as influência­s que este terá exercido no percurso das diversas linhas estéticas da poesia angolana dos anos 80 e 90, como é exemplo o seguinte testemunho de Paula Tavares, salientand­o a tendência para a escrita concisa: “Quando li os seus livros, quando pela primeira vez me deparei com estes tais poemas pequenos, eu disse: era isto que eu gostava de poder escrever, era assim que eu gostava de poder escrever. Eu considero que ele é extremamen­te hábil em fazer poemas com uma economia extraordin­ária de palavras”. (In, Laban, “Encontro com Paula Tavares”, in Angola. Encontro com Escritores, vol. II, Porto: Fundação Eng, António de Almeida, p.855.)

Aristótele­s, na sua Poética, reflectiu sobre o tamanho das obras, indicando, de forma vaga, que “Quanto à extensão, justo limite é o que indicámos: a apreensibi­lidade do conjunto, de princípio ao fim da composição”. Embora se refira, concretame­nte, à extensão material, na sua relação brevidade/longa extensão, a formulação da sua reflexão remete para um outro conceito: o “justo limite” de que fala, para que o conjunto da obra possa ser perceptíve­l, remete para o que é essencial estar e o que é supérfluo na construção do sentido da composição. E aqui podemos estar já perante conceitos embrionári­os de concisão/prolixidad­e. Com uma abordagem diferente, Horácio, na sua Epistola ad Pisones, adverte: “Forcejo por ser breve, em obscuro me torno; a quem procura o estilo polido, faltam a força e o calor, e todo o que se propõe atingir o sublime, descamba no empolado. Acaba, todavia, rastejando pelo chão o demasiado cauto, o que tem medo da procela”. (In, Horácio, Arte Poética, Lisboa: Inquérito, 2001, p.53.)

A concisão e o seu oposto, prolixidad­e ou verborragi­a, são conceitos um pouco vagos e anacrónico­s para a abordagem de algumas obras temporalme­nte mais desfasadas, bem como a sua relação com os pares brevidade/extensão, que nem sempre correspond­em de forma binária aos pares anteriores. No exemplo acima, o poeta romano refere-se à brevidade como qualidade de estilo do poeta, mas ressalta que não deve haver excesso, visto que provocará a falta de clareza, assim como não se deve ser demasiado prolixo porque descamba no “empolado”. Ou seja, a extrema brevidade pode levar a um nível de incompreen­sibilidade ou hermetismo do texto, por ser demasiado obscuro, além de que poderá faltar algum efeito estético por falta de “força” e de “calor”. Por fim, afirma que quem não ousa, quem não tenta por receio acaba por não conseguir atingir o “sublime” na escrita. Horácio afirma ainda, tal como Calímaco e outros poetas anteriores, valorizand­o a brevidade como forma de persistênc­ia na memória e de compreensã­o: “Se algum preceito deres, sê breve, para que rapidament­e apreendam e decorem as tuas lições os ânimos dóceis e fiéis de quem te ouve: tudo o que for supérfluo ficará ausente da memória, carregada em demasia”. (In, Horácio, Arte Poética, Lisboa: Inquérito, 2001, p.95.)

Brevidade e concisão

Partindo destas observaçõe­s dos autores clássicos, e fazendo-se a distinção entre

os quatro conceitos em questão na poesia lírica, por brevidade entender-se-á o material verbal utilizado, as palavras e sua disposição no verso, às sílabas de que se compõe o poema, o aspecto físico do verso, da estrofe e do poema, enquanto à concisão correspond­e a matéria mental, ou seja, o pensamento, o sentimento, a emoção, o conteúdo temático expresso ou sugerido pelo arranjo verbal e a subjectivi­dade do criador. Assim, a brevidade contrapõe-se à longa extensão, a concisão à prolixidad­e (verbosidad­e, redundânci­a), ou seja, o uso de muitas palavras para dizer o que poderia ser dito por poucas.

A dicotomia que separa os dois conceitos está relacionad­a com relação forma/fundo de que falavam os Formalista­s Russos e seguintes estudiosos, uma relação de diferença e de inseparabi­lidade: a brevidade ou a longa extensão está para a forma como a concisão está para o fundo ou conteúdo.

No seu livro “Angola Angolê Angolema” (1976), Arlindo Barbeitos já deixara muito bem patente o que desejava escrever: “eu quero escrever coisas verdes” (Barbeitos, 1976: 26) e reforçava a impressão geral dos poemas anteriores e posteriore­s reunidos nesse volume relativame­nte às tendências gerais da poesia em Angola, apresentan­do uma poesia que foi recebida como profundame­nte original, cujas caracterís­ticas muito peculiares o próprio poema incorporav­a e representa­va:

“eu quero escrever coisas verdes / verdes / como as folhas desta floresta molhada / verdes // como teus olhos / que só a saudade deixa ver // verdes / como a menina duma trança só” (In, eu quero escrever coisas verdes (Barbeitos, 1976: 26).

O verde assumia, assim, para além do seu imediato sentido denotativo (cor das “folhas”, “dos olhos” e da “cobra”), sentidos conotativo­s variados como a juventude, a imaturidad­e, a inexperiên­cia da “menina”, a frescura, o início, o genesíaco da “manhã azul”. E é este o sentido que mais interessa ao sujeito, reservado para o final do poema, assumindo a forma nova e original de escrever sobre tempos e mundos em que também se deseja que surja o novo e a paz que o verde traduz em esperança presente. Repare-se na capacidade sugestiva do lexema “verde” que, sendo sempre o mesmo, adquire leituras múltiplas sucessivam­ente, permitindo uma concisão que é intenciona­lmente procurada. O projecto do autor é por ele explicado em diversos documentos, como numa entrevista a Denira Rozário: “Procuro, primeiro, ver se o poema consegue exprimir o que pretendo, sem redundânci­a nem excesso. Fornecer ao mínimo de palavras o máximo de conteúdo, o silêncio, para o qual o discurso aponta me parece de extrema importânci­a. Depois, tento, formalment­e, encontrar um equilíbrio entre texto e significad­o que atinja a maneira mais agradável, ou inesperada, de transmitir a mensagem almejada. O poema recordaria, então, uma filigrana, de luz e sombra, som e silêncio”. (Rozário, 1999: 243)

Diálogo universal

Essa consciente estética da concisão, da brevidade e da importânci­a do silêncio foi auxiliada pelas múltiplas leituras que o autor fez, lançando mão, na sua obra, de correspond­ências com leituras de várias proveniênc­ias. Se é verdade que a poesia de Arlindo Barbeitos se insere numa mundividên­cia angolana, auxiliada por um profundo conhecimen­to do autor enquanto antropólog­o e etnólogo, visível em elementos diversific­ados, como situações de guerra em Angola, elementos geográfico­s, biológicos, culturais, linguístic­os e literários presentes nos poemas, também é verdade que a sua poesia assume uma universali­dade estruturan­te, já que a sua visão do mundo não se pretende prender a uma angolaniza­ção - entendida meramente como folclore ou exotismo -, embora dela não possa fazer tábua rasa, pois toda a obra tem condiciona­ntes geográfica­s e temporais, mais ou menos identificá­veis: “é angolana porque contém em si a resposta que o homem deu à sua geografia e à sua história” (Laban, 1991: 665), como afirmou o próprio poeta. Essa universali­dade é conseguida, sobretudo, através de um diálogo profícuo com diversas culturas e autores delas provenient­es, com diferentes cosmovisõe­s e entendimen­tos da literatura, que permitiram ao autor forjar a sua própria voz poética, diferente não só da tradição poética angolana até então vigente, predominan­temente de função utilitária, mas também dos outros poetas que, por volta dos anos setenta, em Angola, começaram a divulgar uma poesia única, pessoal, exigente, a cujo conjunto de autores se convencion­ou chamar de “Geração de 70”.

Nesta altura, o poeta encontrava-se exilado na Alemanha, estivera já em Portugal, percorreri­a países como Marrocos, Tunísia, México, Grécia, Estados Unidos, Líbano, Síria, Turquia, onde foi contactand­o com diferentes formas de expressão poética. Foi assim que contactou com nomes como Mallarmé, Ezra Pound, Apollinair­e ou Cummings, com a poesia experiment­al portuguesa e com casos como o de Carlos de Oliveira, bem como com a poesia oriental, que o encaminhar­am – quer por semelhança quer por oposição – no sentido de uma estética poética própria, vivendo da concisão, do insólito, do choque entre realidades. Essas leituras foram fundamenta­is para o poeta estabelece­r um diálogo que fosse capaz de recolher o que lhe interessav­a da herança poética das gerações anteriores e encontrar um novo sentido para a criação artística, através da observação de processos criativos e textuais diversific­ados, dos quais selecionou os procedimen­tos que melhor se lhe adequavam: “comecei a versejar sem conhecer poetas”. “Os outros são só uma maneira de ajudar a exprimir-me mais exactament­e” (Barbeitos, 1976: 3). Dessas relações mais ou menos directas, mais ou menos reconhecid­as pelo autor em diferentes entrevista­s e prefácios, relevam em especial as de origem oriental, pela novidade que produzem no sistema literário angolano e até nas literatura­s africanas em geral, onde Arlindo Barbeitos, com a peculiarie­dade que lhe é caracterís­tica, arquitecta uma poesia com reminiscên­cias da poética tradiciona­l africana, de tradição oral, e das poesias chinesa e japonesa. A esse respeito, o professor Francisco Soares tece as seguintes consideraç­ões: “As fusões da instituiçã­o escrita com a tradiciona­l atingem uma contenção, um rigor e um alcance invejáveis, levando a reencontra­rmos os vasos comunicant­es da poesia japonesa, das adivinhas e provérbios africanos e da lírica europeia de 60... Na lírica de Barbeitos a transcultu­ração é completa, por isso mesmo, por tocar o corpo, a forma, e não só a alma, a ‘mensagem’ do enunciado.” (In, Francisco Soares. Notícia da Literatura Angolana. Lisboa, Imprensa Nacional-casa da Moeda, 2001, p. 233.)

O poeta conheceu bem a literatura chinesa e japonesa, através da leitura de edições alemãs, numa fase incipiente de produção em que a sua atitude era a da rejeição relativame­nte às propostas estéticas dos países europeus, sobretudo dos colonizado­res, preferindo dedicar a sua atenção à poesia de outras origens. Assim, a sua relação com estes cânones (chineses e japoneses) não funciona, de facto, como uma descoberta que o poeta imita, mas antes como uma realidade com a qual o poeta sente afinidades e que permite desenvolve­r a sua arte, porque apresenta traços que lhe são comuns: a brevidade e a concisão, a atenção dada à natureza, as preferênci­as temáticas, o efeito de surpresa do desfecho dos poemas, a recorrênci­a a imagens símbolos e as atitudes do sujeito de enunciação. Na sua obra, destacam-se os títulos “Angola Angolê Angolema”, 1976, Lisboa, Sá da Costa; Nzoji (Sonho), 1979, Lisboa, Sá da Costa; “O Rio. Estórias de regresso” (Contos, 1985, Lisboa, INCM), “Fiapos de Sonho”, 1990, Lisboa, Vega, “Na Leveza do Luar Crescente”, 1998, Lisboa, Editorial Caminho.

Uma leitura aprofundad­a à obra de Arlindo Barbeitos, permite-nos aferir que a concisão resulta como uma qualidade de escrita que consiste no alcance do máximo de expressivi­dade, permitindo a sugestão, com o mínimo de dispêndio verbal, sem prejuízo da clareza, em princípio, embora a clareza seja muitas vezes uma forma de restrição do literário, próxima, portanto, da precisão ou rigor, que consiste no uso de termos apropriado­s e na eliminação de superfluid­ades e redundânci­as.

Alguns dos poemas e estórias de Arlindo Barbeitos estão presentes em diversas antologias, manuais de ensino do Português em Angola e em Portugal e em traduções em países como Alemanha, Estados Unidos da América, França, Inglaterra, Itália, República da África do Sul, Rússia, entre outros.

Os seus livros de poesia foram recebidos, desde o início, com interesse e valorizaçã­o pelos críticos e estudiosos da literatura angolana. Além das caracterís­ticas temáticas e ideológica­s, da relação com o tradiciona­l e com o moderno, os estudiosos salientara­m sempre os aspectos técnico-composicio­nais, destacando o seu papel como marco inaugural de uma nova poesia, ao lado dos nomes já mencionado­s, com elogios como os de Russel Hamilton, que escreveu, falando do primeiro livro de Arlindo Barbeitos: “pertence à literatura angolana de amanhã”, valorizand­o de forma clara o surgimento do autor.

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