Prestígio lucra 3,6 mil milhões
O Banco Prestígio anunciou, ontem, um lucro de 3,62 mil milhões de kwanzas, em 2020, representando uma subida de 45,3 milhões, quando comparado aos 3,57 mil milhões de 2019, facto assinalável e que mereceu reconhecimento do Conselho Fiscal.
No relatório publicado ontem, através das páginas do Jornal de Angola, o parecer do Conselho Fiscal avança, todavia, como preocupação o aumento verificado nos custos da Sociedade, com maior incidência aos de estrutura, nomeadamente Fornecimento e Serviços de Terceiros, cuja variação apurada foi de 327 milhões de kwanzas e as Amortizações, com 26,8 milhões, comparativamente ao exercício económico de 2019.
De acordo com as contas, os rendimentos obtidos apresentam um aumento global, com indigência na margem financeira que variou em 42 por cento, correspondente a 378,5 milhões de kwanzas e na margem complementar com 1,4 mil milhões, com maior realce nos resultados cambiais que aumentaram em 20 por cento face ao ano anterior.
Com base na análise das demonstrações financeiras do Banco e ponderando o relatório do Auditor Externo, o Conselho Fiscal considera que o Banco Prestígio “goza de uma saúde financeira satisfatória, dadas as disponibilidades financeiras em bancos centrais e em outras instituições de crédito”.
Ainda assim, recomenda cautelas, tendo em conta o actual cenário macroeconómico, que ainda apresenta algumas incertezas.
Por sua vez, o auditor Pricewhitehousecoopers (PWC) reconheceu um activo total de 45,2 mil milhões de kwanzas e capital próprio de 12,4 mil milhões. No parecer que emitiu, o auditor entende ter obtido prova suficiente e apropriada para proporcionar uma base de opinião de auditoria.
Este foi o primeiro resultado anual de um banco comercial, de um total de 24 operadores licenciados, que este mês devem demonstrar as contas de 2020 e realizar as assembleias gerais de accionistas, conforme obriga a Lei das Instituições Financeiras.