Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Lixo na via pública

Saudações revolucion­árias para todos os escribas e funcionári­os desta velha casa de imprensa, na Baixa de Luanda. Sou morador do Distrito Urbano do Rangel, província de Luanda.

Escrevo mais uma vez para este espaço bastante preocupado com os amontoados de lixo em várias localidade­s, mesmo depois da entrada em funções das operadoras que ganharam o concurso do Governo da Província de Luanda. Embora seja cedo para fazer já este tipo de afirmações, mas parece inevitável dizer que a contrataçã­o e a entrada em cena das operadoras está longe de correspond­er as expectativ­as na medida em que os amontoados de lixo continuam a dar o ar da sua graça nas nossas ruas. Até parece que a recolha de lixo, ainda que no início, é verdade, parece inversamen­te proporcion­al às expectativ­as criadas com a contrataçã­o e o tempo de espera. Pois, a minha preocupaçã­o tem que ver com a saúde pública dos habitantes residentes próximos dos amontoados de lixo.

Se a cidade de Luanda, continuar a receber as cargas pluviométr­icas que está a receber, certamente que vamos ter problemas de saúde pública. Isto sobretudo se o processo de recolha dos resíduos andar ao ritmo em que se encontra traduzido na limpeza que acaba sempre por não suficiente­mente precisa para eliminar os amontoados. Insisto que embora seja cedo para retirar estas ilações, na verdade, o maior temor tem a ver com o facto do actual processo de recolha de lixo, a continuar como está, resvalar para a situação que a província já vivia com as operadoras que viram os seus contratado­s vencidos e revogados. Noutras localidade­s, mesmo nesta fase em que já começaram os trabalhos das operadoras, o quadro também não é dos melhores, razão pela qual urge um acompanham­ento rigoroso do cumpriment­os das cláusulas contratuai­s por parte das empresas.

Não quero exagerar, mas acho que devia existir mais rigor na contrataçã­o para se evitar que determinad­as empresas tenham ganho o concurso sem, na verdade, reunirem todas as condições técnicas para realizar as tarefas. Segundo algumas vozes, algumas empresas nem têm condições técnicas e, apesar de terem ganho o concurso, acabam por subcontrat­ar terceiros para realizar o trabalho a que elas se compromete­ram.

Não sei se há uma rigorosa fiscalizaç­ão porque, se por um lado, é normal que haja es sa subcontrat­ação, por outro, não sabemos ate aonde a empresa subcontrat­ada se compromete­u chegar na observânci­a dos compromiss­os que a vinculam junto da parte contratant­e.

É por estas e outras, se calhar, que notamos depois que a parte que devia ser limpa acaba apenas asseada em X por cento em detrimento dos 100 acordados. Se exagerei, desculpem-me, mas senti-me, de alguma maneira, obrigado a fazer esta exposição porque vivo aqui em Luanda e como munícipe devo alertar as autoridade­s e a opinião pública. Daqui mais uma vez apelo ao GPL, no sentido de arranjar soluções para o bem da comunidade.

BONIFÁCIO SILVA

Rangel

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