Papel da França é conhecido em relatório
do Rwanda, Paul Kagame, saudou, ontem, o relatório Duclert sobre o papel da França no genocídio de 1994, dizendo que este “marca um importante passo em frente no sentido de uma compreensão comum do que aconteceu”.
Este relatório, apresentado a 27demarçoaopresidentefrancês, Emmanuel Macron, “também marca uma mudança, mostra umdesejomesmoentreoslíderes em França de avançar com uma boa compreensão do que aconteceu”,acrescentoupaulkagame, numdiscursoduranteascerimónias que assinalam o genocídio.
“Congratulamo-noscomisso”, referiu, acrescentando: “O importante é continuar a trabalhar em conjunto para documentar a verdade. Esta é a verdade”.
“O Rwanda terá também uma palavra a dizer num futuro próximo, talvez na terceira semana deste mês”, disse, referindo-se a um relatório sobre o assunto conduzido por uma comissão rwandesa.
“As conclusões (desse relatório) estão na mesma direcção”, disse Kagame, que na altura do genocídio era o líder dos rebeldes tutsi da Frente Patriótica Rwandesa (RPF) que lutavam contra o regime extremista Hutu.
O relatório francês, dirigido pelo historiador Vincent Duclert, é condenatório para as autoridades francesas da época: Se “nada vem demonstrar” que foi cúmplice do genocídio, a França tem “pesadas e condenatórias responsabilidades” na tragédia, em particular por ter “permanecido cega à preparação” do genocídio.
Naquarta-feira,afrançaanunciou a abertura de importantes arquivos sobre o Rwanda para fazeravançara“verdadehistórica” sobre o genocídio de Tutsis em 1994. Quando o relatório Duclert foi entregue, Emmanuel Macron disse que esperava uma aproximação “irreversível” com Kigali.