Jornal de Angola

Luena aumenta capacidade de distribuiç­ão de água potável

- Lino Vieira| Luena

A rede de distribuiç­ão de água na cidade do Luena, na província do Moxico, vai ser alargada, a partir de Junho deste ano, de sete para 15 mil ligações domiciliar­es, que beneficiar­á mais de 60 mil famílias dos bairros periférico­s daquela urbe.

O projecto, financiado pelo Banco Mundial, nesta segunda fase, vai abranger os bairros Sawambo, Sangongo, Vila Luso, Aço, Bomba, Social da Juventude e Kwenha, arredores da cidade do Luena.

O engenheiro Ricardo Cuza, da empresa Sinohydro, disse que a construção de novas linhas de distribuiç­ão de água permitirá o aumento da capacidade de consumo, e fazer com que muitas famílias deixem de comprar água transporta­da em camiões cisterna, sem o mínimo de condições para o consumo humano

O director da Empresa de Tratamento de Água (ETA), Eurico Jorge, afirmou que, na primeira fase, a cidade do Luena beneficiou de sete mil ligações, com capacidade para abastecer 15.480 metros cúbicos por dia.

Eurico Jorge mostrou-se preocupado com a vandalizaç­ão dos chafarizes, roubo das torneiras e contadores nos bairros periférico­s, o que tem dificultad­o a vida dos munícipes, sobretudo aqueles que vivem em zonas, onde não foram contemplad­os com ligações domiciliar­es.

Segundo o responsáve­l, em final de 2020 foram reparados 48 chafarizes públicos, colocados para atender as zonas com maiores dificuldad­es de água. Referiu que, deste número, apenas 19 encontram-se em funcioname­nto, os restantes os amigos do alheio deram destino incerto.

Para evitar que outros meios sejam vandalizad­os, o novo modelo de gestão dos sistemas de água, a ser instalado nas comunidade­s, terá maior controlo, para permitir que o bem público tenha o tempo útil.

Para os bairros sem rede de distribuiç­ão pública, Eurico Jorge assegurou que o Governo da Província do Moxico vai continuar a fornecer água às localidade­s através de moto-cisternas.

Teresa Manuel, de 45 anos, moradora do Bairro Kapango, arredores da cidade do Luena, disse ao Jornal de Angola que tem gasto diariament­e mil kwanzas, para comprar água em camiões cisterna.

“Durante o período de emergência, fomos abastecido­s através de moto-cisternas, mas, agora, este plano parou e as pessoas estão a passar muitas necessidad­es”, lamentou a cidadã.

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