Amaro Fonseca repousa no cemitério de Sant’ana
O jornalista e apresentador do programa “Balumuka”, da Rádio Luanda, do Grupo Rádio Nacional de Angola (RNA), transmitido na língua nacional kimbundu, foi ontem a enterrar no cemitério de Sant'ana, em Luanda.
Familiares, amigos e colegas acompanharam-no até à última morada, num clima de bastante consternação. “Balumuka, Balumuka” foi com este slogan que se despediram do profissional que, pela madrugada adentro, despertava centenas de luandenses.
Numa mensagem do ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social,
Manuel Homem, lida pelo director Nacional de Informação do sector, António de Sousa, enalteceu as qualidades do jornalista, que marcou a história dos comunicólogos, em especial dos que fazem jornalismo em língua nacional.
“A morte de Amaro Fonseca deixa um grande vazio no seio da classe jornalística, que perde um valioso defensor das línguas nacionais, particularmente o kimbundo. O jornalista deu um grande contributo na formação da nova geração de profissionais da comunicação social”, disse António de Sousa.
O presidente do Conselho de Administração da Rádio Nacional de Angola, Pedro Cabral, considerou uma perda irreparável a morte de Amaro Fonseca, o que, em seu entender, deixa um vazio não só na família, amigos e colegas, mas também para os ouvintes da Rádio Luanda.
“Para a Rádio Nacional de Angola, particularmente a Rádio Luanda, constitui uma perda insubstituível, na medida em que era uma referência na condução do programa Balumuka”, precisou.
O jornalista Octávio Kapapa destacou as qualidades do malogrado, tendoo considerado homem sem palavras e que a sua morte deixa um grande vazio para a cidade de Luanda. “Estávamos habituados, à madrugada, a despertar com o seu programa“balumuka”.
Amaro Fonseca nasceu em 1955, na localidade de Ambaca, província do Cuanza-norte. O profissional encontrava-se internado numa clínica em Luanda.