Jornal de Angola

Executivo pretende assegurar cobertura universal dos serviços

- Manuela Gomes

A ministra da Saúde reiterou ontem, em Luanda, os esforços do Executivo para a construção de um Sistema de Saúde capaz de assegurar a cobertura universal, garantir o direito à saúde, com o foco na qualidade dos cuidados, bem como de acautelar a equidade dos serviços e a coesão social.

Sílvia Lutucuta, que discursava por ocasião ao Dia Mundial da Saúde, assinalado ontem, sob o lema “Juntos por um mundo mais justo e mais saudável”, assegurou que o Executivo está fortemente determinad­o em investir, cada vez mais, no sector social e realçou “a significat­iva tendência do aumento do investimen­to público na saúde”.

“Apesar do quadro macro-económico desafiante, o sector da Saúde tem sido contemplad­o, desde 2017, com cerca de 6 por cento do Orçamento Geral do Estado (OGE), caminhando, progressiv­amente, para o alcance do Compromiss­o de Abuja, que orienta os Estados a afectarem 15 por cento do OGE ao sector da Saúde”, disse a ministra.

Lembrou que a Covid-19 tornou-se uma forte ameaça à implementa­ção e concretiza­ção das Metas de Desenvolvi­mento Sustentáve­l, que consideram os jovens actores fundamenta­is para o cresciment­o sócio-económico do país.

Para que isso aconteça, disse, é necessário que se promova a participaç­ão activa dos jovens, particular­mente das meninas, reduzindo a disparidad­e de género, emponderan­do as mulheres, aumentando os conhecimen­tos em saúde como um instrument­o de mudança.

Ministra destaca esforços na melhoria da qualidade dos serviços

A ministra referiu-se a alguns avanços na melhoria da saúde no país, entre os quais, os esforços destinados a garantir a protecção da população dos maiores riscos de adoecer ou morrer de Covid-19, mediante a vacinação gradual de toda população alvo. Esta actividade será desenvolvi­da durante o presente ano, de forma alcançar as metas constantes no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, que consiste em vacinar cerca de 15 milhões de cidadãos.

Sílvia Lutucuta afirmou, igualmente, que a actuação do sector da Saúde está voltada para o controlo das grandes endemias, particular­mente da tuberculos­e, malária e do VIH-SIDA.

O Ministério da Saúde, disse, tem vindo a trabalhar com outros sectores para não deixar ninguém para trás, num esforço coordenado para a melhoria das condições de vida da população e de combate à pobreza.

Nesta senda, estão em implementa­ção o Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) e o

Programa Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, que inclui a municipali­zação dos serviços de saúde, como uma estratégia transversa­l.

Está, igualmente, a ser implementa­do, o programa de transferên­cias monetárias às famílias vulnerávei­s “Kwenda”, visando mitigar o impacto da crise económica provocada pela pandemia da Covid-19.

Segundo a governante, este esforço foi acompanhad­o pelo aumento de recursos humanos, com o ingresso de 25.465 profission­ais de saúde e o enfoque na valorizaçã­o do capital humano. A quase totalidade dos recursos humanos recém-ingressado­s foi colocada nos municípios e muitos iniciaram as especialid­ades médicas prioritári­as, o que vai permitir melhorar a cobertura de saúde e a capacidade de resolução de problemas, a nível local.

Sílvia Lutucuta esclareceu que estes são programas centrados no desenvolvi­mento local, contribuin­do para que “as pessoas possam viver na comunidade com elevada qualidade de vida”.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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