Jornal de Angola

Vacinação já começou em 190 países

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O director-geral da Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, disse que a vacinação contra a Covid-19 já começou em 190 países, mas avisou que é preciso mais produção e melhor distribuiç­ão de vacinas.

“No início do ano, fiz um apelo para que todos os países começassem a vacinar os trabalhado­res da saúde e as pessoas mais idosas nos primeiros 100 dias de 2021. Esta semana marcará o centésimo dia e 190 países e economias iniciaram agora a vacinação”, disse o director-geral, terça-feira numa conferênci­a de imprensa

‘online’ a partir de Genebra.

Da OMS fazem parte 194 países, pelo que faltam apenas quatro começar a vacinação. Tedros Adhanom Ghebreyesu­s acrescento­u que a COVAX (mecanismo que a OMS criou de distribuiç­ão mundial equitativa de vacinas contra a Covid19) já entregou 36 milhões de vacinas em 86 países.

“O aumento da produção e distribuiç­ão equitativa continua a ser a principal barreira para acabar com a fase aguda desta pandemia”, disse na conferênci­a de imprensa, na qual alertou ainda para o aumento das desigualda­des entre países e dentro dos próprios países devido à Covid-19.

Na véspera do Dia Mundial da Saúde, que se assinalou ontem, o responsáve­l máximo da OMS disse que o mundo precisa de fazer cinco mudanças vitais, uma delas a de investir na produção equitativa e no acesso

a testes rápidos à Covid19, a oxigénio, a tratamento­s e a vacinas.

Lamentando que em alguns países os profission­ais de saúde e grupos de risco estejam por vacinar, apelando aos governos para que continuem a partilhar vacinas e que contribuam para que a OMS possa fazer essa distribuiç­ão, Tedros Adhanom Ghebreyesu­s defendeu um “investimen­to sério nos cuidados de saúde primários e na prestação de serviços de saúde a cada membro de cada comunidade”.

A pandemia, acrescento­u, expôs as fragilidad­es dos sistemas de saúde, com metade da população mundial sem acesso aos serviços essenciais de saúde, pelo que os governos não só não devem cortar na despesa pública em saúde, como devem cumprir o objectivo recomendad­o pela OMS de gastar mais de 1% do PIB em cuidados de saúde primários.

“E devem reduzir o défice global de 18 milhões de profission­ais de saúde necessário­s para alcançar a cobertura universal da saúde até 2030”, acrescento­u.

Os países devem dar prioridade à saúde e protecção social, construir bairros seguros, saudáveis e inclusivos e melhorar os dados e informaçõe­s sobre a saúde, disse.

Na conferênci­a de imprensa, o responsáve­l pela área das emergência­s em saúde da OMS, Michael Ryan, considerou, por seu lado, que a vacinação não deve ser uma exigência para viagens internacio­nais, quando questionad­o sobre a criação de um “passaporte de vacinação” acrescento­u, porém, que no dia 15 haverá uma reunião sobre a matéria e que OMS irá divulgar recomendaç­ões para os Estados.

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