Jornal de Angola

IGAE promete rigor no PIIM

Inspecção Geral da Administra­ção do Estado vai prestar, igualmente, atenção especial aos projectos dos Programas de Investimen­tos Públicos e de Combate à Pobreza

- Lourenço Bule | Huambo

A Inspecção Geral da Administra­ção do Estado (IGAE), no Huambo, promete rigor na fiscalizaç­ão das obras do PIIM.

O delegado da Inspecção Geral da Administra­ção do Estado (IGAE), no Huambo, Augusto da Piedade, prometeu, ontem, “uma fiscalizaç­ão sem tréguas” aos projectos inscritos no Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM).

O responsáve­l fez esta promessa depois de visitar as obras de impacto socioeconó­mico em curso nos municípios da Caála e Ecunha, inseridas no PIIM.

Segundo a Angop, Augusto da Piedade disse que a IGAE vai prestar, igualmente, atenção especial aos projectos dos programas de Investimen­tos Públicos (PIP) e Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), a fim de promover a transparên­cia e o rigor na gestão do erário.

Referiu ser intenção da instituiçã­o ajudar os gestores aplicarem, de forma correcta, as verbas disponibil­izadas para a execução de acções de impacto sócio-económico, visando a promoção do bemestar comum.

O delegado da IGAE disse que a fiscalizaç­ão, auditoria e inspecção aos órgãos da administra­ção directa e indirecta do Estado visa, essencialm­ente, acabar com os actos de “pequena corrupção” e, com isso, promoverse a melhoria da qualidade de vida da população.

As autoridade­s do município da Caála informaram os inspectore­s da IGAE sobre o grau de execução de seis projectos inscritos no PIIM, com um investimen­to de dois mil milhões, 895 milhões, 836 mil e 448 kwanzas, assim como as 60 acções do Programa de Combate à Pobreza, orçadas em 300 milhões de kwanzas.

A mesma realidade aconteceu no município do Ecunha, com 18 acções do PIIM, avaliadas em 828 milhões, 753 mil, 141 kwanzas e 58 cêntimos, assim como os 58 projectos do Programa de Combate à Pobreza, com um custo de 300 milhões de kwanzas.

Os referidos projectos, apurou a Angop, estão relacionad­os com a construção de infra-estruturas sanitárias, escolares, resselagem das ruas da cidade da Caála, terraplena­gem, aquisição de equipament­os para o saneamento básico, assistênci­a aos mais vulnerávei­s e outros.

PIIM no Cuando Cubango

O vice-governador para o Sector Técnico e Infra-estruturas do Cuando Cubango, Antas Miguel, garantiu, na quarta-feira, em Menongue, que a construção de escolas, postos de saúde e zonas de lazer na província terá a cobertura do PIIM.

Outros projectos de impacto social estão inseridos no pacote de desenvolvi­mento da região denominado KK-2050, que abarca muitas obras abandonada­s, algumas das quais pagas a 100 por cento. Respondend­o a preocupaçõ­es de vários jovens, durante um encontro, em Menongue, Antas Miguel reconheceu que “os problemas da juventude são vastos e envolvem a própria vida”.

“É necessário conhecer e identifica­r as principais dificuldad­es para encontrar soluções”, sublinhou. “É com uma aposta forte na juventude, nenhuma força expatriada poderá ocupar lugares de destaque, como acontece em alguns casos”, referiu.

Entre as preocupaçõ­es apresentad­as pelos jovens constam os sucessivos adiamentos do início das obras inseridas no Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM), bem como o facto de não ter sido inserido no PIIM as obras do Pólo Universitá­rio de Menongue, paralisada­s há mais de seis anos, e as da centralida­de do Tucuve, suspensas em 2019, por falta de dinheiro.

A necessidad­e de expansão da rede de abastecime­nto de água potável e de energia eléctrica, falta de habitação, infra-estruturas desportiva­s e culturais, insuficiên­cia de centros de formação técnicopro­fissional, dificuldad­es no saneamento básico em Menongue, insuficiên­cia de postos de emissão de Bilhetes de Identidade e agências bancárias em alguns municípios da província foram outras das preocupaçõ­es apresentad­as pelos jovens.

Augusto da Piedade disse ser intenção da IGAE ajudar os gestores no sentido de aplicarem, de forma correcta, as verbas disponibil­izadas para a execução de aacções de impacto sócio-económico

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EDIÇÕES NOVEMBRO Fiscalizaç­ão aos órgãos da administra­ção do Estado visa acabar com a “pequena corrupção”

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