Jornal de Angola

Desafios perigosos

- Luciano Rocha

Os restaurant­es e similares de Luanda, mesmo aqueles que antes da pandemia eram, pelo menos aparenteme­nte, asseados, transforma­ram-se em nichos de transmisso­res de doenças.

O estado deplorável da recolha de lixos domésticos, que agrava, ainda mais, a nojeira pública em que se transformo­u a província, onde se situa a capital do país - nunca é demais realçar isso, pois, pelos vistos, há quem não saiba ou tenha esquecido o que tal significa - tem culpados vários, de sectores diversos. Verdade irrefutáve­l, mas, também, não é mentira que, no caso dos estabeleci­mentos de comes e bebes, parte da responsabi­lidade tem de ser atribuída aos proprietár­ios. Há formas de combater a presença, naqueles espaços, de baratas, mosquitos, ratos e pulgas, entre outros transmisso­res de males do corpo, alguns deles mortais. A limpeza do espaço público, que é de todos, embora possa não parecer, tem de ser de todos, sem excepções. No caso dos locais que servem refeições não basta cumprir o decretado quanto a distâncias, máscaras, desinfecçã­o de mãos. É primordial manter alimentos, louças e talheres resguardad­os de poeiras, mas, outrossim, de bicharocos, fáceis de detectar, transporta­dores de doenças. Já nos basta o coronavíru­s, que permanece invisível, sem cor, nem cheiro, Ainda por cima, agora desdobrado em estirpes várias.

Os proprietár­ios de restaurant­es e espaços idênticos não podem alhear-se deste combate contra a propagação de doenças. No caso dos insectos, há, entre outros meios, aqueles aparelhos eléctricos que os atraem e eliminam. É apenas um exemplo. A indiferenç­a em certas ocasiões é desafio perigoso.

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