Redução dos passivos gera superavit nas contas
A conta financeira do país registou, até no final de 2020, um saldo superavitário de 1.456,3 milhões de dólares, influenciado pela diminuição significativa dos passivos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE), bem como os empréstimos com não residentes (outro investimento), o que também contribuiu na redução da dívida externa, de acordo com a informação sobre a Estatística Externa do último trimestre do ano passado, do Banco Nacional de Angola.
O documento avança que o saldo positivo da conta corrente é justificado, fundamentalmente, pelo aumento das exportações de bens numa magnitude superior ao das importações de bens e serviços.
Por sua vez, o saldo da conta corrente apresentou um desempenho positivo, ao registar um superavit na ordem de 463,7 milhões de dólares no quarto trimestre de 2020, equivalente a 3,5 por cento do Produto Interno
Bruto (PIB). A conta corrente regista as exportações, importações, transportes, seguros, remessas e recebimento de juros e lucros, rendas e transacções unilaterais de um dado período. No terceiro trimestre, esta conta mostrou um registo de 553,1 milhões.
Sobre a posição líquida do investimento internacional no quarto trimestre, registou-se uma melhoria do saldo deficitário, que se situou em 32.104,8 milhões de dólares, como resultado da diminuição dos passivos, sobretudo do investimento directo e dos empréstimos, numa magnitude superior à redução dos activos financeiros.
Até aquele período, o stock das reservas internacionais brutas registou uma redução de 4,1 por cento, ao passar de 15.413,2 milhões de dólares no terceiro trimestre para 14.779,4 milhões, correspondentes a uma cobertura de 11,0 meses de importação de bens e serviços.