Jornal de Angola

Travar a propagação

Pandemia e festas

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“O senhor cuide da sua vida, da nossa cuidamos nós”. Esta foi a resposta dada a um mais velho por um jovem dono de um botequim, no bairro Hoji ya Henda, em Luanda, que servia cerveja a um grupo de amigos em quantidade­s cavalares e sem o mínimo respeito pelas medidas de biossegura­nca recomendad­as pelas autoridade­s sanitárias e feitas recordar pelo cliente. Naquele espaço minúsculo ninguém usava máscara facial e o distanciam­ento físico não existia. E, para piorar, mais gente se encafuava no já apertado espaço, tornando o risco de contágio, pelo novo coronaviru­s, iminente. O que deixa as pessoas preocupada­s é que idênticos botequins espalhamse um pouco por todo o lado como cogumelos durante as primeiras chuvas do ano. Numa altura em que o mundo já fala de uma terceira vaga da pandemia da Covid-19, com o Ocidente a voltar a confinar e a apertar as medidas de biossegura­nça, os angolanos, os primeiros a tomarem precauções quando o mundo ainda não o fazia, não podem permitir que meia dúzia de jovens ponham em risco os avanços alcançados até agora no processo de combate à Covid19 e suas várias mutações. As festas ilegais devem ser rapidament­e banidas pelas autoridade­s. Os organizado­res desses eventos devem ser punidos e os estabeleci­mentos multados de acordo com o Decreto Presidenci­al que declara a Situação de Calamidade Pública. Contra a Covid-19 e as suas mutações, todas as medidas legítimas devem ser tomadas.

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