Partidos condenam actos de intolerância política
Os partidos políticos com assento parlamentar representados no Huambo manifestaram-se favoráveis à aplicação de penas de prisão contra os militantes e simpatizantes que incitarem e praticarem actos de intolerância política, que consideram um factor prejudicial para a democracia no país.
Os representantes do MPLA, UNITA, PRS e FNLA falavam durante um encontro promovido pela Polícia Nacional no Huambo, orientado pelo delegado do ministério do Interior e comandante provincial, comissário Francisco Ribas da Silva.
No encontro, o responsável da Polícia Nacional exortou os líderes políticos a trabalharem na sensibilização dos militantes para “se criar um ambiente pacífico e tranquilo” junto das comunidades.
A reunião serviu para reflectir sobre os actos de intolerância política que aconteceram nos últimos dias na província.
O segundo secretário provincial do MPLA no Huambo, Adérito Chimuco, considerou a iniciativa do Ministério do Interior “oportuna”, por abordar uma questão que “é preocupação colectiva”. Realçou que muitos casos de intolerância política “começam no seio familiar e terminam em assuntos partidários”.
“O MPLA tem usado, como bandeira política, a cultura de sensibilizar os militantes e população para a aceitação da diferença e que a convivência dure para sempre. A construção da paz deve começar no seio familiar”, destacou o político.
Albertina Navita Ngolo, secretária provincial da UNITA no Huambo, enalteceu a iniciativa de unir as principais forças políticas, no sentido “de deixar para trás” os actos de intolerância política, que, salientou, nada contribuem para o desenvolvimento da província.
“Devemos virar as nossas atenções para as preocupações da população”, disse, acrescentando que “os discursos devem ser moderados e apelar à reconciliação nacional”.
O representante do Partido de Renovação Social, Silva Kassinda Joaquim, disse que o encontro foi uma demonstração de que a Polícia Nacional está preocupada com os casos de intolerância política na região.