Angola defende diálogo permanente para a paz
Líderes dos Parlamentos destacaram a importância da solidariedade e cooperação contínua entre os países membros
O Parlamento angolano defendeu, ontem, o diálogo permanente entre os países da Região dos Grandes Lagos para que a paz seja a bandeira na região e no continente.
A posição de Angola foi apresentada pela segunda vice-presidente da Assembleia Nacional, Susana de Melo, durante a segunda sessão extraordinária da Assembleia Plenária do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, que decorreu por videoconferência, a partir do Burundi.
Susana de Melo espera que os Parlamentos membros possam contribuir para as questões de paz . “Como sabemos, ainda há países que estão em conflitos armados e temos que ajudar para a paz”, sublinhou.
Os Parlamentos, acrescentou, devem também fazer com que as democracias tenham um funcionamento pleno dentro da Região e que as eleições são a única via que garante a tomada de poder. “Devemos manter este princípio para que, efectivamente, a Região dos Grandes Lagos consiga demonstrar que cumpre os princípios dos direitos humanos e, fundamentalmente, o apoio que deve dar à população deslocada, fruto dos conflitos que têm existido”, indicou.
Durante a sessão plenária, os presidentes dos Parlamentos ou seus representantes destacaram a importância da solidariedade e cooperação contínua entre os Parlamentos membros, construção de consenso e diálogo no processo de tomada de decisão no Fórum Parlamentar da Região dos Grandes Lagos.
Os Parlamentares discutiram, também, a necessidade de se assegurar o tratamento igual para todos os Parlamentos membros do Fórum Parlamentar da Região dos Grandes Lagos.
A segunda sessão extraordinária discutiu especificamente a questão relacionada com a nomeação do secretário-geral do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos. Os membros votaram, por unanimidade, para a recondução de Onyango Kakoba, do Parlamento do Uganda, para mais um mandato de três anos como secretário-geral da organização.
A segunda vice-presidente da Assembleia Nacional disse que o novo secretário-geral vai continuar a fazer a gestão do Fórum Parlamentar e tem que criar a união entre os países e o papel fundamental é fazer com que os países membros paguem as quotas para que o Fórum possa funcionar.
“Os resultados positivos alcançados durante o mandato do secretário-geral reeleito fizeram com que fosse reconduzido para mais um mandato de três anos”, disse Susana de Melo.
Indicou ainda que as auditorias feitas às contas do Fórum Parlamentar e o trabalho que faz de advocacia, avaliado positivamente, levaram igualmente os líderes dos Parlamentos membros a votarem por unanimidade para a reeleição de Onyango Kakoba. O Parlamento angolano, segundo Suzana de Melo , tem as contas pagas na totalidade.
A reunião foi orientada pelo Burundi, que está na presidência do Fórum Parlamentar da Região dos Grandes Lagos.
O Parlamento da República Centro Africana vai indicar o próximo secretário-geral.
São membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), além de Angola, o Burundi, República Centroafricana, República Democrática do Congo, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Rwanda, Uganda, Zâmbia, Quénia e República do Congo.
“Devemos manter este princípio para que, efectivamente, a Região dos Grandes Lagos consiga demonstrar que cumpre os princípios dos direitos humanos e, fundamentalmente, o apoio que deve dar à população deslocada, fruto dos conflitos que têm existido”,