Fundação Mo Ibrahim quer ricos a partilharem 5% das suas vacinas
A Fundação Mo Ibrahim, do empresário e filantropo sudanês Mohamed Ibrahim, apelou aos países ricos a partilharem 5% dos seus fornecimentos de vacinas Covid-19 e defendeu uma distribuição eficiente dos Fundos Especiais de Saque do FMI.
“A Fundação Mo Ibrahim apela a que os países mais ricos partilhem 5% dos seus fornecimentos de vacinas com países menos avançados e a que os Direitos de Saque Especiais (DSE) do Fundo Monetário Internacional sejam canalizados de forma eficiente para beneficiar os países e sectores que mais necessitam”, refere a organização.
“Isto inclui desbloquear recursos adicionais para preencher a falta de vacinas em África e construir a capacidade de fabrico de vacinas do continente a longo prazo”, acrescenta.
Numa declaração, assinada por todos os vencedores do prémio de Boa Governação da Fundação Mo Ibrahim, incluindo os ex-presidentes moçambicano Joaquim Chissano, e cabo-verdiano Pedro Pires, apelou para uma série de acções urgentes, destinadas a aumentar o acesso às vacinas em África.
As vacinas, o financiamento da recuperação económica em África e a investigação da Fundação sobre “África e Covid-19: um ano depois”, estarão no centro das discussões da edição deste ano do fórum e do fim-de- semana de Governação Ibrahim, que terá lugar pela primeira vez num formato virtual, de 3 a 5 de Junho.
“África é uma das regiões mais vulneráveis do mundo. O continente alberga 17% da população mundial e, no entanto, representa apenas 0,5% da distribuição global de vacinas, de acordo com os dados mais recentes”, refere-se na declaração.
Por isso, a Fundação Mo Ibrahim defende que “garantir o acesso equitativo e equilibrado às vacinas é uma questão de segurança global e de interesse comum... Se o vírus não for derrotado em todo o lado, continuará a espalhar-se e a sofrer mutações”, sublinha.