Arroz do Lucelua transportado para Benguela
Mil e 300 toneladas de arroz de casca, colhidas e armazenadas da campanha agrícola 2016/2017, na Fazenda Lucelua, no município do Sanza Pombo, província do Uíge, começou, ontem, a ser transportada para a província de Benguela, onde será descascado e embalado, por força de uma avaria técnica registada na fábrica local.
O arranque da operação de escoamento do produto, através de uma frota de 15 camiões basculantes, foi testemunhado pelo secretário de Estado da Agricultura e Pecuária.
João Manuel Bartolomeu da Cunha disse à imprensa que depois do arroz ser descascado e embalado, o Ministério da Agricultura e Pescas dará o devido destino até aos centros de consumo.
“Apesar do arroz ficar armazenado durante dois anos, está em condições para ser consumido sem constrangimentos. Antes dessa operação, foram feitos testes e confirmamos que o arroz está em condições para ser consumido, por isso, depois do descasque e embalamento, os consumidores poderão adquirir o arroz sem constrangimento”, assegurou.
Segundo o secretário de Estado, a avaria que se regista nos equipamentos será superada dentro de algum tempo, voltando a funcionar na normalidade.
“Face à urgência da operação do escoamento do arroz, achou-se por bem não primar ainda pela reparação, mas sim dar oportunidade ao descasque do arroz para fazê-lo chegar aos consumidores mais rapidamente”, explicou.
Novo dono
Já no âmbito do processo de privatizações que o Governo está a levar a cabo, a Fazenda Lucelua já foi repassada para uma nova entidade empresarial, que dentro de dias estará no município do Sanza Pombo para dar sequência aos trabalhos de produção de arroz, milho, ginguba, feijão, gado bovino, caprino e suíno, de acordo com o governante.
João da Cunha incentivou os camponeses associados e produtores de arroz a continuarem a garantir oferta em grande escala, visto que, em breve, a fábrica volta a funcionar, e estes, em cooperação com a nova empresa gestora da fazenda, poderão descascar e embalar também o seu arroz.
A Fazenda Lucelua possui uma extensão de mais de nove mil hectares, com condições para produzir arroz, ginguba, feijão, milho, bem como a criação de gado bovino, caprino, suíno e aves. A gestão esteve a cargo da empresa Gestora de Terras Aráveis (GESTERRA), que depois da paralisação em 2016 deixou fora do emprego mais de 150 cidadãos.