Comércio quer mais celeridade no escoamento
A celeridade no escoamento dos produtos do campo, a abertura de novas oportunidades de negócios e o estímulo para a comercialização formal dos produtos constituem alguns dos principais objectivos da aposta do Executivo de expandir a realização de Feiras da Produção do Campo em todo o território nacional, segundo o secretário de Estado para o Comércio.
Amadeu Nunes discursava, ontem, em Luanda, na abertura da primeira Feira da Qualidade dos Produtos do Campo, onde vaticinou o alcance, em breve, dos resultados que se traduzirão na superação de constrangimentos identificados pelo Programa Integrado de Desenvolvimento Rural, especialmente no vector da cadeia integrada de logística e distribuição, que entre outros objectivos visa levar o comércio de proximidade junto dos produtores rurais. Com isso, pretende-se evitar as actuais perdas de investimentos dos agricultores.
Para tal, exortou as administrações municipais, cooperativas, associações de agricultores pequenos, médios e grandes produtores a envidarem esforços em prol do maior escoamento da produção nacional, de modo a satisfazer as necessidades dos consumidores com o menor custo possível.
“Está iniciativa representa o ponto de encontro entre a procura e a oferta, dando assim resposta aos constrangimentos identificados pelo Programa Integrado de Desenvolvimento Rural, na medida em que ela representa um instrumento de aceleração de vendas dos produtos nacionais e o caminho para facilitar o desenvolvimento do agronegócio de dimensão familiar”, disse.
A acção dos agentes agregadores de transporte de mercadorias, as micro e pequenas empresas de logística e de distribuição voltadas à comercialização de produtos agrícolas, pecuária, piscicultura e avicultura, de acordo com Amadeu Nunes, jogam também um papel preponderante, “pelo que devem estar presentes, muito embora tratarse de uma iniciativa que decorre do programa apresentado pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, aliado ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN)2018-2022”.
Na opinião do secretário de Estado, a feira, que decorre até amanhã no Mercado Verde, localizado na zona do Benfica, em Luanda, e que conta com a participação de 80 expositores provenientes de diversas localidades, é uma amostra do resultado do trabalho, suor, da resiliência e vontade de fazer de Angola um país auto-suficiente, desenvolvido e próspero.
“Façamos dela uma marca nos sectores do abastecimento da capital e não só, pois está alinhada com o Programa de Promoção dos Produtos Nacionais, assente na aplicação local dos regulamentos do comércio feirante e ambulante, bem como o incentivo da compra da produção nacional”, frisou.