Despedimento do seleccionador dos Mambas pode chegar ao tribunal
O despedimento do treinador português Luís Gonçalves do comando técnico dos Mambas, alegadamente por não ter qualificado Moçambique para o Campeonato Africano das Nações (CAN), ainda vai dar muito que falar e tudo indica que pode parar no Tribunal.
Luís Gonçalves e toda a sua equipa dizem que a rescisão do contrato entre eles e Federação Moçambicana de Futebol (FMF) foi unilateral e ameaçam levar o caso à Tribunal para verem os seus direitos respeitados.
O seleccionador diz ainda que o motivo que levou a FMF a rescindir o contrato por não ter conseguido levar os Mambas ao CAN não era o único objectivo e o mesmo abrangia outras actividades dentro da Federação para além de seleccionador.
“Assinei o contrato com a FMF em Agosto de 2019, para além de seleccionador tinha outras áreas de desenvolvimento e responsabilidade do futebol moçambicano, a de coordenador das selecções de Sub-17, 21 e 23 e tinha ainda uma cláusula que passa por qualificar os Mambas para a fase de grupos de apuramento para o Mundial do Catar do próximo ano e isso está no contrato que eu e a própria Federação rubricamos”, diz Luís Gonçalves.
Luís Gonçalves contratou já uma equipa de advogados para ver respeitado o contrato dele assim como dos seus adjuntos, incluindo os colegas moçambicanos que também viram os vínculos terminar.
A rescisão do contrato pode envolver muito dinheiro e o contrato entre as partes só terminava dentro de 19 meses. Luís Gonçalves ganhava mensalmente cerca de 15 mil dólares, o que significa que o treinador pode estar a reivindicar qualquer coisa como 285 mil dólares, equivalentes ao tempo que falta para o fim do contrato.
A derrota no último jogo entre os Mambas e os Tubarões Azuis de Cabo Verde e a não qualificação de Moçambique para o CAN foi o que precipitou o rompimento do contrato entre Luís Gonçalves e a FMF.