PAPE cria mais de seis mil empregos em 12 províncias
A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social anunciou, ontem, em Benguela, a criação de 6.725 empregos em 12 províncias, desde Setembro do ano passado, no quadro do Plano de Acção para Promoção da Empregabilidade (PAPE).
Um total de 6.725 empregos foi criado, desde Setembro do ano passado até à presente data, em 12 províncias do país, com a concessão de micro crédito, kits de trabalho e carteiras profissionais, no âmbito do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE).
Os dados foram revelados ontem, em Benguela, pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, após o lançamento do PAPE, naquela província.
Depois de Benguela, o PAPE é uma realidade em 13 províncias, incluindo as do Bié, Cuando Cubango, Cuanzanorte, Huambo, Huíla, Luanda, Lunda-sul, Lundanorte, Moxico, Malanje, Namibe e Uíge.
Na província de Benguela, a ministra informou que o PAPE beneficiou 527 cidadãos e gerou 938 postos de trabalho, distribuídos em várias profissões, como Carpintaria, Serralharia, Mecânica, Corte e Costura, Culinária, entre outras.
No programa de microcréditos, no âmbito do PAPE em Benguela, referiu a governante, foram criados 270 postos de trabalho, concedidos 135 créditos, através do Programa de Fomento ao auto emprego, que deu origem a 482 postos de trabalho.
Com a concepção de 195 kits de trabalho, fez-se a atribuição de 63 carteiras profissionais, além de terem sido apoiadas três mil cooperativas de Catadores de resíduos sólidos, que conceberam 123 postos de trabalho.
A governante salientou que com a celebração do protocolo de Estágios Profissionais entre o Instituto Nacional de Formação Profissional (INEFOP), empresas privadas e universidades locais, nesta primeira fase, disponibilizaram 11 vagas para jovens recém-formados.
A ministra acredita que com os 6.725 postos de trabalhos gerados, como empregos dignos, foram acauteladas a elevação das competências dos beneficiários, nos domínios técnico, empreendedorismo, gestão de negócios, apoio à formalização das suas actividades e inscrição no Sistema de Protecção Social Obrigatória.
Além dos 195 kits distribuídos, a província conta com mais 59 kits, que deverão ser entregues em função das necessidades locais. "Espero que a distribuição não atenda apenas zonas urbanas, pois deve dar também prioridade às áreas periurbanas e rurais, no sentido de potenciar as acções nestes locais e, em função da dinâmica da província, incrementar o stock”, assegurou a ministra.
De acordo com Teresa Rodrigues Dias, desde o relançamento do PAPE, em 2020, à província do Uíge, tem sido possível implementar diferentes projectos, entre os quais o microcrédito. Referiu que foi actualizado o acordo de financiamento, o lançamento da plataforma tecnológica de intermediação entre os prestadores de serviços e as famílias, denominada E-bumba, os kits profissionais, no âmbito do Programa de Fomento ao Auto-emprego, Formalização dos Negócios, Estágios Profissionais, entre outras iniciativas.
A implementação destas medidas, frisou, garante a confiança em constituir uma solução prática e realista que visa restituir a esperança dos cidadãos, através da inserção imediata dos jovens no mercado de trabalho, cumprindo, deste modo, com uma das orientações do Presidente da República, João Lourenço.
Das orientações dadas pelo titular do poder Executivo, destaca-se a promoção e inserção dos jovens no mercado de trabalho, através de programas e instrumentos de apoio ao primeiro emprego, e auto-emprego, bem como incentivar o empreendedorismo entre os jovens.
O presidente da República defende ainda o asseguramento da formação específica, por via da promoção de uma rede de instituições de formação em empreendedorismo, assim como assegurar o acesso ao crédito, para a criação de pequenos negócios e garantir o desenvolvimento económico e social que os angolanos almejam.
Ao proceder ao lançamento do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade em Benguela, a ministra reafirmou que o Executivo tem como prioridade a elevação dos níveis do bem-estar económico e social das populações, através de um conjunto de projectos, assim como programas e medidas que visam empoderar a população jovem.
Sobre as razões da opção do Executivo na criação e implementação do PAPE, a titular da pasta da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social explicou que se trata de um plano inserido nas políticas activas do mercado de trabalho, que visa a inserção, imediata, dos jovens em actividades susceptíveis de geração de renda e emprego digno, recomendados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ajustada à realidade do país.
Sublinhou que a aposta na capacitação da mão-deobra nacional, em curso de curta e longa duração, a avaliação e certificação de competências, para atribuição de carteiras profissionais, assim como a formalização e inscrição dos beneficiários no Sistema de Protecção Social Obrigatória, são as principais premissas do PAPE, obedecendo, desta forma, aos rigorosos critérios de selecção.
O público-alvo do PAPE é a juventude, precisamente aqueles que estão à procura de emprego, os desempregados, mulheres e pessoas com necessidades especiais.