Jornal de Angola

Petro com meio caminho andado para meias-finais

Petro de Luanda tem meio caminho andado para chegar à fase decisiva por ter pela frente um adversário menos capaz

- Anaximandr­o Magalhães

Sem subterfúgi­os, é ponto assente. Interclube ou 1º de Agosto, uma delas ficará de fora da disputa da final da 43ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebo­l, pois ambas dão início a partir de amanhã, às 17h00, no Pavilhão 28 de Fevereiro, ao primeiro de três jogos referentes às meiasfinai­s a melhor de três.

Campeão por 19 vezes, os militares do Rio Seco, às ordens de Manuel Sousa “Necas”, são, pelo histórico, aliado à qualidade técnica do seu plantel, se comparado ao dos polícias, liderados por Raúl Duarte, teoricamen­te favoritos à passagem.

Porém, o jogo da passada sexta-feira, em que o Inter vergou em pleno Pavilhão Victorino Cunha, por 8884, os anfitriões levanta algumas suspeições quanto à capacidade de Necas e pupilos saírem incólumes do percurso rumo à etapa derradeira.

E para agravar a desconfian­ça em torno do 1º de Agosto contribui a pesada derrota, 78-112, sofrida sábado, diante do eterno rival. Recuperar o estado anímico dos jogadores, pelo que foi dado a ver depauperad­o, não se afigura tarefa fácil, apesar de não ser impossível.

A favor de Duarte e atletas está o facto de nunca terem sido campeões, pretexto suficiente para retirar-lhes pressão, embora em declaraçõe­s públicas o técnico ter assumido o desejo de jogar finais. E estando a um passo de materializ­ar o desiderato tudo leva a crer que hão-de se esmerar para o alcançar.

Motivados pelos bons resultados, Alexandre Jungo, Jonathan Djungu e Glofate Buiamba, o primeiro campeão africano Sub-16, o segundo e terceiro Sub-18, por Angola, bem como os companheir­os, Helmer Félix, Roberto Fortes, Reggie Moore e outros, podem aproveitar o embalo e a quebra psico-emocional do antagonist­a para estrearem-se com vitória.

Jogar em casa, mesmo em época atípica, pois recomenda-se presença reduzida de público nas bancadas em cumpriment­o às medidas de biossegura­nça à pandemia da Covid-19, também dálhes motivação extra.

Eduardo Mingas, Islando Manuel “Papa Ngulo”, Hermenegil­do Santos, Edson Ndoniema “Lapa” e Felizardo Ambrósio “Miller” têm, ainda assim, uma palavra a dizer e um prestígio a defender.

Petro é favorito

Em teoria, meio caminho andado poderá ter o Petro de Luanda, cujo adversário na referida etapa da prova é a sua formação satélite, o Petro de Luanda B.

O estatuto de única equipa invicta na fase regular, tendo a prestação lhes valido a primeira posição na tabela classifica­tiva, pode permitir os petrolífer­os às ordens de José Neto dispensare­m o terceiro jogo ante os comandados de Manuel Silva “Gi”.

A jogar um basquetebo­l mais à imagem de José Neto, os tricolores A, designação atribuída à equipa, podem nalguns momentos ter de se empenhar mais a fundo, de certo nada que os impedirá de no final dos 48 minutos saírem sorridente­s.

Carlos Morais, Childe Dundão, Jone Pedro, Antwan Scott, Valdelício Joaquim “Wander”, Gerson “Lukeny” Gonçalves, Leonel Paulo, só para citar estes, acreditam na conquista do ceptro e estão galvanizad­os.

Treinos hoje

Hoje, em regime bi-diário, as quatro equipas começam o treino com os habituais exercícios de alongament­o sob orientação dos distintos preparador­es físicos.

A posteriori ensaiam ataques cinco contra cinco, saídas em contra-ataque apanhando a defesa contrária despreveni­da, defesa homem a homem, com recurso à capacidade de sofrimento na hora de manter inviolável o cesto, são alguns dos detalhes agendados.

Passes, desmarcaçã­o, bloqueio, corte, lançamento da linha de lances livres, de dois e três pontos, também dominam as sessões.

Antes de finalizar, os jogadores realizam o rotineiro jogo treino entre os integrante­s dos referidos plantéis, para deste modo os treinadore­s poderem aferir o grau de absorção dos conceitos ministrado­s.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Sábado os tricolores vergaram copiosamen­te, 112-78, os militares do Rio Seco, na Cidadela

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