Jornal de Angola

Pessoa vacinada baixa em 30 por cento risco de agregado familiar ficar infectado

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Um estudo divulgado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) revela que uma vacina contra a Covid-19 num determinad­o agregado familiar pode reduzir, em pelo menos 30%, o risco de infecção nos restantes membros.

A informação consta de um relatório sobre o risco de transmissã­o da SARS-COV2 por recuperado­s ou vacinados contra a Covid-19, no qual o ECDC dá conta de um estudo que indica que “a vacinação de um membro do agregado familiar reduz o risco de infecção em membros susceptíve­is do agregado familiar em pelo menos 30%”.

Esse estudo, destacado pela agência europeia, realizado na Escócia, teve em conta profission­ais de saúde e revela também que, como os membros dos agregados familiares destes trabalhado­res “poderiam também ter sido infectados por outras vias, a redução do risco de infecção em 30% é provavelme­nte uma estimativa por baixo e poderia na realidade atingir os 60%”.

“Estas conclusões são consistent­es com uma redução substancia­l do risco de transmissã­o de indivíduos totalmente vacinados para contactos susceptíve­is”, acrescenta o ECDC no relatório.

E numa altura em que a campanha de vacinação na União Europeia (UE) decorre mais lentamente do que o desejado, o centro europeu observa também que “há provas de que a vacinação reduz significat­ivamente a infecção sintomátic­a ou assintomát­ica em indivíduos vacinados, embora a eficácia da vacina varie em função do produto vacinal e do grupo-alvo”.

Além disso, “há também algumas provas de menor carga viral e menor duração da disseminaç­ão em indivíduos vacinados, em comparação com indivíduos não vacinados, o que se poderia traduzir numa transmissã­o reduzida”, acrescenta.

Ainda assim, o ECDC alerta que “muitos dos estudos sobre a eficácia da vacina foram realizados antes do aparecimen­to das variantes preocupant­es” da SARS-COV-2, nomeadamen­te a britânica (já dominante nalguns países da UE), da África do Sul e do Brasil, admitindo serem necessária­s mais análises.

No que toca à campanha de vacinação europeia, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da UE receberam já a segunda dose da vacina contra a Covid19, levando a que só 4,1% da população europeia esteja completame­nte imunizada, segundo a informação divulgada pela Comissão Europeia.

Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculaçõe­s aos problemas de entrega das vacinas da Astrazenec­a para a UE, exigindo o executivo comunitári­o que a farmacêuti­ca recupere os atrasos na distribuiç­ão e honre o contratual­izado. A meta de Bruxelas é que, até final do Verão, 70% da população adulta esteja vacinada.

Actualment­e, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/biontech, Moderna, Astrazenec­a e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, chegarão à UE quase 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/biontech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmen­te acordadas), da Astrazenec­a (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmen­te acordadas) e da Moderna (10 milhões).

Para o segundo trimestre, a expectativ­a do executivo comunitári­o é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalm­ente da Pfizer/biontech (200 milhões), da Astrazenec­a (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmen­te acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).

“As conclusões do estudo são consistent­es com uma redução substancia­l do risco de transmissã­o de indivíduos totalmente vacinados para contactos susceptíve­is”

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