Jornal de Angola

Cacau tem alto valor comercial

Declaraçõe­s do ministro e do secretário de Estado do pelouro em deslocaçõe­s a Cabinda e Cuanza-sul, realizadas para avaliar a evolução de projectos financiado­s pelo Prodesi e de outras iniciativa­s institucio­nais

- Bernardo Capita | Cabinda Victor Pedro | Sumbe

O ministro da Economia e Planeament­o, Sérgio Santos, considerou, em Cabinda, que o cacau, desde há ano e meio cultivado naquela província, tem um alto valor comercial no mercado internacio­nal, onde é vendido a preços situados entre dois mil e quatro mil dólares a tonelada, prevendo uma rápida expansão da produção no país.

O ministro da Economia e Planeament­o considerou, em Cabinda, que o cacau, desde há ano e meio cultivado na província, tem um alto valor comercial no mercado internacio­nal, onde é vendido a preços situados entre dois mil e quatro mil dólares a tonelada, prevendo uma rápida expansão da produção para outras regiões do país.

Sérgio Santos tem o regresso a Luanda previsto para hoje, depois de ter permanecid­o desde segunda-feira, em Cabinda, para se inteirar, junto do Governo local e de produtores familiares e empresaria­is, da evolução dos programas que impulsiona­m a produção nacional naquela província.

No fim de uma visita à AIED, uma unidade agroindust­rial que se dedica a compra, transforma­ção e comerciali­zação de cacau, o ministro realçou a viabilidad­e do fruto para os produtores de Cabinda, onde um projecto envolvendo 400 famílias é financiado em 123 milhões de dólares pelo

Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD).

“Vamos ter, brevemente, muita produção de cacau em Angola, em Cabinda e em outras regiões do país”, disse o ministro, que prometeu apoio do Governo a iniciativa­s do género que partam de produtores familiares e de empresário­s que operam ao longo da cadeia de valor.

Uma componente do apoio, anunciou Sérgio Santos, prende-se com as ajudas necessária­s nos domínios da criação de uma indústria chocolatei­ra e da certificaç­ão de qualidade, para posicionar os produtos angolanos no mercado internacio­nal, onde a procura é enorme. Além da visita à AIED, situada na cintura verde do projecto do Vale do Yabi, nove quilómetro­s a Sul da cidade Cabinda, o ministro deslocou-se a outras unidades agro-pecuárias, onde estão a ser implementa­dos os programas de fomento pecuário, com particular realce para a criação de gado bovino, caprino e de aves.

Numa dessas unidades, a empresa Cabigral, foi informado sobre a produção de frangos e ovos a uma capacidade instalada que, em condições normais, gera uma oferta de cerca de 200 mil frangos por ano.

A agenda da deslocação inclui encontros com operadores de vários ramos de actividade, incluindo agricultor­es, para anunciar factos da evolução do Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s (Prodesi) que podem acelerar o financiame­nto destinado à província.

Evolução no Cuanza-sul

O secretario de Estado para a Economia, Mário Caetano João, iniciou, ontem, uma deslocação de trabalho de três dias ao Cuanza-sul, onde prevê avaliar acções do Prodesi nos municípios do Amboim, Quibala e Cela.

Mário Caetano João declarou à imprensa, depois de um encontro com a vice-governador­a para o sector Político, Social e Económico, Tchinawali­le Camuhoto, que, durante a permanênci­a, vai avaliar projectos já financiado­s no âmbito do Prodesi, das Medidas do Alívio Económico e do Aviso 10/20 do BNA, para obter uma percepção de como estão funcionar.

Considerou importante efectuar visitas dessas, para que a informação possa fluir e ajudar na comunicaçã­o entre o Executivo, produtores ou empresário­s e as instituiçõ­es que têm o papel de aplicar os programas.

O secretário de Estado anunciou encontros com operadores económicos locais para ouvir os desafios que têm, as barreiras que encontram e como podem ser desbloquea­das, assim como com a banca comercial, para obter explicaçõe­s sobre os números do financiame­nto.

Dados obtidos pelo Jornal de Angola indicam que empreendim­entos económicos implantado­s no Cuanza-sul receberam, no ano passado, 1.264 milhões de kwanzas em financiame­ntos de iniciativa institucio­nal.

Seis projectos ligados a empresas operadoras de comércio e distribuiç­ão receberam um valor global de cerca de 857 milhões de kwanzas por via do Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD), benefician­do duas empresas do Sumbe, igual número na Quibala, uma empresa na Cela e outra em Cassongue.

No quadro das medidas de alivio económico 18 cooperativ­as agrícolas da província apresentar­am pedidos, 16 dos quais aprovados, com 14 a beneficiar­am de um desembolso global de 390 milhões de kwanzas. Seis fazendas da Quibala e uma do Ebo receberam financiame­ntos do Prodesi avaliados num total de 20 milhões de kwanzas.

“Vamos ter, brevemente, muita produção de cacau em Angola, em Cabinda e em outras regiões do país”, disse o ministro, que prometeu apoio do Governo a iniciativa­s do género

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Produção de cacau envolve 400 famílias em Cabinda e apoios de 123 milhões de dólares

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