Relançar a economia requer equilíbrio
O Executivo
tem de manter o equilíbrio entre a estratégia sanitária de prevenção e combate ao novo coronavírus e a necessidade de relançar, gradualmente, as actividades económicas formal e informal, em especial as que são usadas como meio de subsistência, mesmo em tempo de Covid-19, defendeu ontem, em Luanda, Daniel Muondo, mestre em Governação e Gestão Pública.
Doutorando em Serviço Social, Daniel Muondo realçou que o Estado tem a obrigação de assegurar, igualmente, o regresso à normalidade da vida social, sem descurar as regras de prevenção e combate à pandemia da Covid-19. “É necessário criar condições para adaptação a uma nova postura social capaz de garantir, com segurança, a gradual retoma da vida económica e social”, disse.
Ao resumir um estudo elaborado por si, juntamente com Cirlene Aparecida Oliveira, doutorada em Serviço Social, pela Universidade Estadual Paulista, Daniel Muondo acrescentou que essas medidas podem ajudar a diminuir as desigualdades sociais e assegurar a justiça social. A Covid19 agudizou as desigualdades sociais. Para Daniel Muondo, esta situação viu-se minimizada com a realização de acções de solidariedade, promovidas por organizações da sociedade civil e pessoas singulares, complementadas por estruturas governamentais.
Quanto às reformas governativas do aparelho do Estado, os especialistas referiram que Angola, no contexto da Covid19 e o exercício do poder político, implementou medidas de ajustamento das políticas públicas, mas, sobretudo, como forma de contenção de gastos para a estabilidade económica e social do país.
Daniel Muondo elogiou as autoridades pelas medidas sanitárias destinadas a conter a propagação da Covid-19.
Sobre as medidas governativas para a prevenção e combate à pandemia da Covid-19 em Angola, a pesquisa dos dois professores revela que o mundo continua assolado por uma pandemia de alto contágio, que coloca em causa a estabilidade das relações sociais e a sustentabilidade do tecido socioeconómico.