Angola assina construção de oleoduto com a Zâmbia
O ministro da Energia da Zâmbia, Mattew Nkhuwa, é esperado segunda-feira, em Luanda, para a assinatura de um memorando de entendimento consagrado à construção de um oleoduto entre o Lobito e Lusaka, por onde podem fluir exportações angolanas de derivados de petróleo para aquele país.
Informações obtidas pelo Jornal de Angola indicam que o embaixador da Zâmbia, Lawrence Chalunguamana, anunciou a vinda do governante daquele país num encontro com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ontem, em Luanda.
O diplomata zambiano foi citado por uma fonte deste jornal como tendo dito que a construção do oleoduto “será uma oportunidade de inserção de Angola no mercado regional, gerar emprego e energia”.
Diamantino Azevedo reuniu com embaixador zambiano
Os antecedentes deste acordo remontam de há três anos, quando as autoridades zambianas manifestaram, pela primeira vez, interesse na construção do oleoduto entre Lobito e Lusaka, uma infra-estrutura que beneficiaria da projectada implantação da Refinaria do Lobito.
O projecto zambiano, um país encravado e sem saída para o mar, baseia-se na construção de uma conduta multifuncional que bombeie derivados de petróleo (gás, gasolina e gasóleo) a custos mais baixos do que os gerados pelo transporte rodoviário ou ferroviário de combustíveis da futura instalação angolana.
A fonte afirmou que, depois de ter sido proposto ao ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, numa deslocação realizada à Zâmbia, em 2019, as autoridades angolanas passaram a encarar o projecto com significativo entusiasmo, até ao ponto de terem anuído à subscrição do princípio da edificação da conduta de combustíveis líquidos. O memorando cuja assinatura se prevê, representa, assim, um compromisso entre os dois Estados quanto à concretização do projecto, devendo dar lugar a estudos técnicos numa fase mais avançada dos acordos a que os dois países chegarem, segundo a fonte.