Kikas Machado, director nacional dos Escuteiros
(CNJ) e não houve sucesso. Esperamos que o actual Conselho assim o faça”, exortou.
“Nós, os jovens, já não podemos permitir ou aceitar a reedição dos actos dos mais velhos, onde as datas memoráveis à nossa história e angolanidade foram impostas por um determinado grupo que julga ser o dono da verdade”, afirmou o líder da JPA.
Eduardo Garcia garantiu que a juventude da CASA-CE está aberta ao diálogo, por forma a definir-se um ponto de equilíbrio. “Se o Ministério da Juventude e Desportos convidar a JPA para participar num acto referente à data, estamos disponíveis”, garantiu. Para o secretário executivo da JPA, este exercício ajudaria no aprofundamento da democracia e alargaria o ângulo de observação em relação às questões importantes que devem conhecer soluções rápidas, depois de um longo e aturado debate sobre elas.
O secretário nacional da JFNLA, Kiaku Kiala, sugeriu a data da fundação do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) como a ideal para o Dia da Juventude Angolana. “Sugerimos que a data da juventude deve ser a mesma a da fundação da CNJ. Tenhamos capacidade de aceitar e assumir que precisamos chegar a um consenso. Precisamos marchar todos juntos, independentemente da escolha partidária, porque o 14 de Abril representa apenas a JMPLA”, afirmou.
Kiaku Kiala apelou, igualmente, ao CNJ a criar encontros com todos os jovens para se escolher uma data que beneficie a todos os angolanos, por considerar que o 14 de Abril é uma data imposta.
Escuteiros: “A data pertence a toda a juventude”
Machado, afirmou que o 14 de Abril é uma data de comemoração nacional e, como tal, deve ser celebrado todos anos como o centro da “Jornada Abril Jovem”, que decorre durante todo mês.
Em declarações ao Jornal de Angola, Kikas Machado esclareceu que, depois de um amplo processo de auscultação e debates sobre o assunto, a maioria das organizações juvenis membros do CNJ adoptou, a 16 de Julho de 2005, em Cabinda, entre várias propostas apresentadas, o 14 de Abril como o Dia Nacional da Juventude.
Depois de aprovada pela Assembleia Nacional, a data assinala-se, hoje, como data de celebração nacional, “daí que se pode afirmar que a data pertence à juventude angolana”. O líder dos escuteiros de Angola afirmou que, desde a sua aprovação, há 16 anos, sempre houve organizações juvenis desfavoráveis à institucionalização do 14 de Abril como o Dia da Juventude Angolana.
Kikas Machado entende que “nunca haverá uma data que reúna 100 por cento de unanimidade”. “Tanto o actual Presidente da República, como o antecessor remeteram essa discussão aos próprios jovens, ou seja, devem ser os jovens organizados a decidirem se a data continua ou não relevante, para congregar a juventude e depois as autoridades competentes poderão se pronunciar em conformidade”, sublinhou.
O mais importante, sublinhou, é focar nas aspirações e anseios da juventude angolana e reconhecer os avanços consideráveis no que concerne à legislação e ao desenvolvimento de políticas públicas para o empoderamento dos jovens. Destacou a Constituição da República, que dedica o artigo 81º à protecção dos direitos da juventude, A Carta Africana da Juventude, que foi adoptada pelo estado angolano em 2009 e a Política Nacional da Juventude, aprovada pelo Decreto Presidencial nº273/19, de 2 Setembro.
Kikas Machado apontou ainda o plano programático com várias iniciativas que foram desenvolvidas com destaque para o Plano Executivo do Governo de Apoio a Juventude (PEGAJ) conhecido por Angola Jovem; o Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude (PNADEJ 2014-2017) e actualmente o Programa de Desenvolvimento Integral da Juventude a ser implementado no quadro do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022).
Kikas Machado lembrou que a maioria das organizações juvenis membros do CNJ adoptou, entre as várias propostas apresentadas, em 2005, em Cabinda, o 14 de Abril como o Dia Nacional da Juventude