MPLA analisa situação social da região Leste
O encontro foi acompanhado pelos coordenadores dos grupos de acompanhamento do Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA para as três províncias
A situação política, económica e social das províncias do Leste foi analisada, ontem, na vila mineira do N'zagi, município do Cambulo, Lunda-norte, no primeiro encontro regional dos comités provinciais do MPLA.
O encontro foi acompanhado pelos coordenadores dos grupos de acompanhamento do Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA para as províncias da Lunda-norte, Diógenes de Oliveira, Moxico, Manuel Pedro Chaves e adjunto para Lundasul, Emanuel Mangueira.
Os primeiros secretários dos comités provinciais da Lunda-norte, Ernesto Muangala, da Lunda-sul, Daniel Félix Neto e do Moxico, Gonçalves Muandumba, apresentaram o ponto de situação política, económica e social das respectivas circunscrições.
O balanço do cumprimento das promessas eleitorais de 2017 e a estratégia de actuação do partido face ao cenário político actual constaram, também, dos assuntos do encontro, que visou, ainda, definir mecanismos eficazes para o fortalecimento do partido.
Ao intervir na abertura do encontro regional, que foi antecedido de um acto político, o primeiro secretário do MPLA da Lunda-norte, Ernesto Muangala, disse que o evento surge da necessidade de se estabelecer metas para garantir a consolidação dos ganhos obtidos nos pleitos eleitorais anteriores. Pretende-se, com a reunião, agregar experiências para se garantir a vitória nas eleições gerais de 2022.
Ernesto Muangala esclareceu que os encontros de concertação regional podem, também, ser promovidos entre os municípios das três províncias, para a troca de experiência, principalmente em períodos de pré-campanha eleitoral.
Segundo Ernesto Muangala, o primeiro encontro dos três comités provinciais do MPLA acontece numa altura em que se assiste, no país, a intensificação do debate político, o que deve elevar o nível de preparação dos quadros, dirigentes e militantes do partido.
Uma melhor preparação, acrescentou, permite denunciar as falsas e inconfessas agendas dos partidos políticos da oposição que procuram manchar a imagem do MPLA e do seu líder.
Ernesto Muangala garantiu que não obstante as dificuldades económicas e financeiras que o país atravessa, o MPLA presta uma especial atenção às acções de impacto social para a melhoria das condições de vida das populações.
Reconheceu que a pandemia da Covid-19 veio acentuar as dificuldades económicas e sociais dos cidadãos. “Esta situação tem sido aproveitada pela oposição, para culpar e atacar irresponsavelmente o MPLA, demonstrando uma clara falta de sentido de Estado e de agenda política nacional, entrelaçando-se aos factos condenáveis”, denunciou.
Ernesto Muangala deu como exemplo o acto de rebelião armada de 30 de Janeiro do corrente ano, em Cafunfo, município do Cuango, na Lunda-norte e de 2019 em Saurimo, Lunda-sul.
O político apelou a necessidade de se travar os que incentivam a desordem e atentam contra a soberania nacional, a Constituição e as leis.
Assembleias de balanço
No Bié, o comité provincial do MPLA iniciou, ontem, no município do Cuemba, as assembleias de balanço e renovação de mandatos nos Comités de Acção do Partido, numa cerimónia orientada pelo primeiro secretário, Pereira Alfredo.
Na ocasião, Pereira Alfredo disse que além de introduzir jovens na organização, o processo vai permitir avaliar os principais problemas das populações.
Com cerca de quatro mil organizações de base, o MPLA no Bié, segundo o político, citado pela Angop, aposta no recrutamento de novos militantes, na certeza de vencer as eleições gerais de 2022. “A partir deste momento o MPLA está em festa, no final deste ano o partido realiza o VIII Congresso Ordinário, cujos resultados vão dinamizar cada vez mais as acções da organização”, explicou.
Pereira Alfredo realçou ainda a importância dos militantes e não só apoiarem o presidente do partido, João Lourenço, na execução de políticas de construção e reconstrução do país, em especial no Bié.