Jornal de Angola

África gasta 80 mil milhões de dólares em importaçõe­s

Fórum da União Africana e do Fundo das Nações Unidas para Alimentaçã­o e a Agricultur­a (FAO) procedeu ao lançamento de uma iniciativa para impulsiona­r o comércio intra-africano

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A conta de importação média no continente africano atingiu um total de 80 mil milhões de dólares, um cresciment­o de cerca de 6,0 por cento ao ano, disse, na última sexta-feira, em Nairobi, Quénia, a comissária da União Africana para o Departamen­to da Agricultur­a, Desenvolvi­mento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentáve­l Josefa Correia Sacko.

A diplomata angolana na Comissão da União Africana teceu estas declaraçõe­s no lançamento do quadro para impulsiona­r o comércio intra-africano de produtos e serviços agrícolas, um fórum organizado pela União Africana e o Fundo das Nações Unidas para Alimentaçã­o e a Agricultur­a (FAO).

Segundo Josefa Sacko, a demanda de alimentos do continente supera a oferta doméstica em vinte por cento( 20 por cento), e, para o efeito, deverá o continente aproveitar as oportunida­des de mercado intra-africano de rápido cresciment­o.

Nesse sentido, aponta o sector da agricultur­a como crucial, mas que deverá passar por uma transforma­ção estrutural, que implica a mudança de sistemas de produção orientada para o mercado de subsistênc­ia para outros que garantam benefícios para os segmentos mais vulnerávei­s da população, como os pequenos agricultor­es, mulheres rurais e estabelece­r uma ligação dos agricultor­es às cadeias de valor regionais e globais.

Reconheceu, por outro lado, o importante papel que o sector agrícola em África desempenha como sector dominante da economia, em termos da contribuiç­ão para o cresciment­o do PIB, emprego e comércio, porquanto os Chefes de Estado africanos se compromete­ram a promover o comércio intra-africano de produtos e serviços agrícolas, os mercados e as oportunida­des de comércio local, regional e internacio­nalmente.

Para esse fim, de acordo com Sacko, resolveram triplicar, até o ano 2025, o comércio intra-africano de produtos e serviços agrícolas, criar e aprimorar políticas e condições institucio­nais e sistemas de apoio alimentar, simplifica­r e formalizar as práticas comerciais actuais, bem como a aceleração do estabeleci­mento da Zona Continenta­l de Livre Comércio (ZCLC) e a transição para um esquema de Tarifa Externa Comum Continenta­l (TEC).

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DR Foco dos governos africanos orientado numa agricultur­a capaz de responder a actual procura

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