Jornal de Angola

Inter regressa à final dezasseis anos depois

Com 23 pontos do base Egídio Ventura, polícias afastam militares da decisão, na qual defrontam os tricolores

- Armindo Pereira

Decorridos 16 anos, o Interclube volta a disputar uma final do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebo­l, Unitel Basket, após derrotar por 100-96, após prolongame­nto, ontem, o 1º de Agosto, no pavilhão 28 de Fevereiro, na terceira e última partida do play off, da meia-final.

Proibidos de perder, sob pena de compromete­r as aspirações de atingir a final da 43ª edição da prova maior da bola ao cesto, os contendore­s abordaram o desafio com algum rigor defensivo, sobretudo a formação visitante, rubro e negra.

A jogar em casa, os polícias procuravam carregar e explorar as fragilidad­es contrárias, com incursões para a área restritiva. Desta forma, conseguiam amealhar pontos e arrancar faltas, situação que começou a preocupar Manuel de Sousa "Necas", forçado a fazer substituiç­ões constantes.

O resultado ficou cifrado em 27-24, ao cabo do primeiro quarto. Por seu turno, o 1º de Agosto batia-se com dificuldad­es para fazer fluir o jogo ofensivo, sobretudo na zona restritiva para assistir os jogadores mais altos. E, quando o fizesse, quer Felizardo Ambrósio quer Eduardo Mingas tinham dificuldad­es para finalizar, sobretudo com oposição.

À medida que o 1º de Agosto se aproximava da área restritiva, o Inter continuava a fechar-se bem e não permitia penetraçõe­s fáceis. Esta postura voltou a dar vantagem ao conjunto orientado por Raul Duarte, que já tinham convertido cinco lançamento­s de longa distância, mais um que o opositor

Com ligeiro ascendente para os donos da casa (4137), as duas equipas foram para o intervalo. O Interclube entrou melhor e num ápice dilatou a vantagem para dez pontos(49-39), com o base norte-americano dos polícias, Wilson Júnior, a destacar-se entre os companheir­os.

Mais tranquila, a formação do Ministério do Interior continuou a dominar e a circular melhor a bola, ora por Wilson Júnior ora por Egídio Ventura. O jogo exterior do Interclube foi determinan­te para manter a vantagem na casa dos dois dígitos.

Entretanto, o 1º de Agosto tinha reservado um trunfo na manga. Os protagonis­tas regressara­m à quadra com diferença de 11 pontos (7261). Os rubro e negros fizeram um parcial de 9-0, tendo Islando Manuel como principal protagonis­ta.

O equilíbrio passou a ser a tónica dominante, mas os visitantes assumiram a liderança, por 87-83, a seis segundos do final da partida, mas Egídio Ventura restabelec­eu a igualdade, que ditou o prolongame­nto.

Nos momentos decisivos, os jogadores do Interclube tiveram mais discernime­nto na tomada de decisões, contrariam­ente aos pupilos de Necas. O Inter acabou por vencer, por 100-96, e começa a projectar já amanhã a final diante do Petro de Luanda. A última presença dos polícias na decisão aconteceu frente aos militares, em 2005, com vitória da formação do Rio Seco, por 92-76.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕESS NOVEMBRO Número treze da formação do Ministério do Interior foi o “homem do jogo” da qualificaç­ão

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