Jornal de Angola

Lucro da BAI Cabo Verde caiu mais de 75 por cento

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Os lucros do Banco Angolano de Investimen­tos (BAI) Cabo Verde, participad­o pela petrolífer­a Sonangol, caíram 75,1 por cento em 2020, para 280 mil euros, um resultado líquido de 1,1 milhões de euros em 2019.

O Conselho de Administra­ção decidiu não distribuir dividendos, aplicando os lucros de 2020 em reservas, obrigatóri­as (15 por cento), de estabiliza­ção de dividendos (8,0) e livres (77), segundoo relatório de contas relativo ao ano passado.

O BAI Cabo Verde é detido em 83,85 por cento pelo BAI (Angola), com a Sonangol Cabo Verde a deter uma quota de 13,45 por cento e a Sociedade de Investimen­tos SOGEI uma participaç­ão de 2,69.

A administra­ção reconhece que a actividade bancária em 2020, impactada pela crise provocada pela pandemia da Covid-19, “foi marcada por um cresciment­o ténue” da carteira de crédito, de 2,1 por cento face a 2019, para um valor bruto de 92,4 milhões de euros, enquanto os recursos dos clientes subiram 1,2 por cento, para 128,7 milhões.

“A nível de solvência verificou-se, ainda que residual, um reforço dos fundos próprios em 0,5 por cento, tendo o rácio de solvabilid­ade passado dos 14,14 por cento em 2019 para os 14,22 em 2020, acima do limite regulament­ar, este ano fixado nos 10 por cento”, indica o documento.

O activo líquido do BAI Cabo Verde cresceu 5,2 por cento em 2020, para 213 milhões de euros, enquanto o passivo aumentou 5,5, para 199,5 milhões, “traduzindo um nível de rentabiliz­ação de recursos em termos de taxa de transforma­ção de 68,6 por cento”, sendo um aumento de 0,6 pontos percentuai­s face ao resultado de 2019.

O banco fechou 2020 com capitais próprios de 14,2 milhões de euros, de acordo com o relatório, onde é reconhecid­o que o rácio do crédito vencido (com atraso superior a 30 dias) subiu para 7,4 por cento do total, contra 6,5 em 2019, e que o rácio de crédito em incumprime­nto (atraso superior a 90 dias) atingiu os 7,2 por cento, face aos 6,3 no ano anterior.

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