Advogada pede pressão para o fim da extradição
A advogada Stella Morris, também companheira de Julian Assange, pediu, ontem, maior pressão para que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ponha cobro ao processo de extradição do activista.
Numa acção de homenagem ao fundador da Wikileaks, em Genebra, Stella Morris sustentou que Assange está a viver um “cativeiro desumano” no Reino Unido e que poderá perder a vida.
“Preso numa cela de metal de nove metros quadrados há dois anos e meio, Julian Assange vive uma situação com apenas duas saídas possíveis: ou recupera a liberdade, ou morre. E se morrer não será porque se suicida, mas porque está a ser assassinado”, disse a advogada e companheira do activista.
Stella Morris, que tem dois filhos com o activista fruto da relação que mantiveram durante o período em que
Assange se refugiou na Embaixada do Equador em Londres, pediu para que Biden, que visitará Genebra em meados de Junho, e em que terá uma cimeira com o homólogo russo, Vladimir Putin, seja alvo dos apelos e da pressão internacionais para a libertação do fundador da Wikileaks.
“Todos devem pedir-lhe para que termine esta loucura, esta aberração, pois num mundo sensato, a situação de Assange não pode ser considerada normal”, afirmou Stella Morris.
A advogada participou numa iniciativa para pedir a libertação de Assange realizada nas margens do Lago Leman, em Genebra, onde hoje é inaugurada uma escultura do artista italiano Davide Dornino, que homenageia não só Assange como também outras vozes que revelaram segredos da política interna e externa dos EUA, Edward Snowden e Chelsea Manning.