Jornalista Jesus Silva foi a sepultar em Benguela
O jornalista da Edições Novembro Jesus Silva, falecido na última quarta-feira, vítima de doença, foi ontem a enterrar no Cemitério Velho da cidade de Benguela.
Na cerimónia fúnebre do ex-director do Jornal de Angola no Lobito, o presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro, Drumond Jaime, considerou Jesus Silva como um excelente profissional do jornalismo, sendo por isso uma grande perda para o país.
“Perdemos um colega, irmão e camarada que era um jornalista de referência. Teve oportunidade de ir fora do país para se formar e depois mostrar, ensinando, principalmente, as camadas mais jovens como se faz o bom jornalismo”, disse o PCA.
Disse que pela prática diária, Jesus Silva demonstrava altas qualidades, mas a empresa perdeu uma referência, apesar de ter entrado na reforma. “Ficámos muito tristes com essa partida prematura de alguém que ainda tinha muito para dar, não só para o jornalismo, mas para Angola em geral”, frisou.
Na sua mensagem de condolências, os colegas de Jesus Silva prometeram cumprir a frase de ordem do reformado jornalista, segundo a qual se deve “fazer do exercício da profissão o desafio certo da verdade informativa”.
Os colegas lembraram Jesus Silva como um dos primeiros vencedores do Prémio de Jornalismo na província de Benguela, promovido pelo Club de Imprensa de Benguela e patrocinado pelo Governo local, além de ter sido, também, em 2018, um dos quatro candidatos por Angola ao Prémio SADC de Jornalismo.
André Maria de Jesus Silva, nascido a 26 de Maio de 1959, no município do Lobito, era formado em Jornalismo, na República de Cuba.
Foi delegado da Edições Novembro no Lobito, desde 1995, depois de ter trabalhado em Luanda, Namibe e Benguela, tendo antes uma passagem pela Angop como correspondente.
Aos 62 anos, Jesus Silva deixou viúva, seis filhos e cinco netos.