Jornal de Angola

Diversidad­es culturais exibidas em exposição

- Mário Cohen

As diversidad­es culturais do país e os costumes de várias regiões são o foco de uma exposição de arte colectiva, patente no Salão Internacio­nal da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAC), em Luanda, até o próximo dia 16.

O coordenado­r da mostra, Adão Mussungo, disse que esta serve para mostrar toda a criativida­de dos artistas convidados, através da pintura e outras técnicas, assim é uma homenagem a Teta Lando, ícone das artes nacionais, com um grande legado na música.

A homenagem, esclareceu, é uma forma de destacar o contributo do músico à nova geração de artistas e manter vivo o legado deixado por este cantor, oriundo de Mbanza Congo, falecido em Paris, França, em 2008.

“É preciso que os jovens artistas comecem a criar mais iniciativa­s para valorizar o contributo deixado por nomes de referência das artes angolanas, sem distinção de classes, pois o legado de Teta Lando vai continuar a marcar várias gerações de criadores nacionais ao longo dos anos”, defendeu.

Entre as várias pinturas da exposição, explicou, há um quadro, feito pelo próprio Adão Mussungo, que é um retrato do cantor angolano, assim como outros com extractos de composiçõe­s do músico.

A exposição, uma iniciativa da Brigada Jovem de Artistas Plásticos (BJAP), em parceria com o Instituto Angolano da Juventude, é uma forma de dar mais oportunida­de aos jovens criadores angolanos, que têm assim a possibilid­ade de mostrar à sociedade todo o potencial.

A exposição reúne um conjunto de 25 obras de pintura produzidas por Joice Jazz, filha do malogrado pintor Paulo Jazz, Álvaro Kiala, Avelino Neves, Henriques Songo, Kondi, Luzia Gaspar e João Lumback.

Além de patente na sala de exposição da UNAP, as obras serão colocadas, também, à disposição do público no pátio da UNAP, para melhor serem vistas, como forma de ajudar na luta contra a Covid-19.

Actualment­e, lamentou Adão Mussungo, não tem sido fácil realizar actividade­s culturais. “É preciso que a sociedade, os empresário­s e promotores culturais prestem mais atenção à classe artística nacional, de forma a continuare­m a incentivar e incutir na nova geração o gosto e o interesse pelas artes”, pediu.

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DR Adão Mussungo pede mais reconhecim­ento dos criadores

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