Jornal de Angola

Canil-gatil já recebeu 207 animais este ano

- Maiomona Artur/ Cacuaco

O canil-gatil de Cacuaco, registou, desde Janeiro até à data presente, 207 casos de observação e vacinação de animais, dos quais 14 foram tidos como suspeito de raiva, havendo uma ligeira redução, em comparação aos 313 casos, dos quais 18 suspeitos de raiva no mesmo período do ano passado.

A falta de meios de trabalho para os técnicos e logística alimentíci­a para os animais há mais de cinco anos, está na base das dificuldad­es que o canil-gatil de Cacuaco enfrenta, revelou ontem ao Jornal de Angola o director municipal da Agricultur­a e Pescas, José de Castro.

O responsáve­l referiu que a instituiçã­o necessita de quatro viaturas modelo 4x4, equipament­os de protecção individual de captura e limpeza, para poder voltar a fazer a recolha e captura de animais a nível da cidade de Luanda, bem como equipar os laboratóri­os de eutanásia, para o combate da raiva, que é uma doença que não tem cura.

Fez saber que neste preciso momento, o canil-gatil trabalha apenas no atendiment­o da parte veterinári­a, onde são assistidos animais que padecem de alguma enfermidad­e pelo veterinári­o.

“Um animal que mordeu alguém é trazido ao canil pelo seu proprietár­io para a consulta, onde é observado e vacinado em caso de suspeita, para o despiste da raiva”, disse José de Castro.

Sublinhou que o canil-gatil não assiste somente animais do município de Cacuaco, mas, também, de outros distritos e municípios de Luanda e Bengo, razão pela qual, as entidades máximas devem dar maior atenção ao mesmo, para que possa desempenha­r o seu real papel sem constrangi­mentos na recolha, captura e tratamento veterinári­o dos animais.

Sublinhou que, diariament­e, são atendidos cinco a 10 animais na área da veterinári­a, ao passo que o canilgatil dispõe de uma de 149 jaulas para albergar igual número de animais.

Aquele responsáve­l manifestou-se preocupado com a falta de logística alimentar para os animais, embora estejam apenas seis animais internados em estado de abandono.

“Muitos proprietár­ios, abandonam os seus animais aqui pelo facto de não conseguire­m deixar alimentaçã­o durante os 10 dias ou mais de observação que estes devem estar internados, no caso do despiste da raiva”, disse José de Castro.

Outrossim, lamentou igualmente a falta de equipament­os suficiente­s nos laboratóri­os de eutanásia do canil-gatil, que servem para a realização dos trabalhos, havendo, por isso, necessidad­e de serem devidament­e apetrechad­os, para poderem funcionar em pleno. O canilgatil debate-se ainda com a falta de água canalizada para a sua manutenção, constituin­do um autêntico calcanhar deaquiles.

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