Pandemia chega à zona rural
Os primeiros casos de infecção rural da Covid-19 na província do Cuanza-norte foram detectados esta semana, no bairro Ximavo, comuna de Cambondo, município do Golungo-alto.
Um casal e seus dois filhos, com idades compreendidas entre um e 33 anos, testaram positivo para a doença, disse a directora do Gabinete de Saúde, Filomena Wilson.
A responsável frisa que a situação inspira cuidados, porque os afectados são itinerantes, ao terem duas residências, uma em Luanda e outra no bairro Ximavo, onde cultivam.
“A nossa preocupação tem a ver com a propagação desta infecção para os outros membros da aldeia, por estas não serem pessoas fixas”, disse.
A médica revelou que a referida família já se encontra sob isolamento e as autoridades do Golungo-alto, com o apoio do Gabinete Provincial da Saúde, trabalham para a triagem de mais de 200 pessoas de Ximavo.
A directora Maria Filomena Wilson revela que, até então, todas as notificações no Cuanza-norte eram urbanas. A região somou, na quintafeira, mais 17 doentes, o que perfaz 497 confirmados. Em quarentena domiciliar, estão 28 indivíduos, por terem testado positivo.
“Até agora, temos registados cinco óbitos, três ocorridos no ano passado e dois no presente, mas nenhum deles faleceu no Cuanzanorte. Os óbitos ocorreram em Luanda, onde recebiam tratamento depois de terem sido evacuados”, disse.
Em relação à vacinação contra a Covid-19, Maria Filomena Wilson disse que ministra-se a primeira dose e em conclusão está a segunda. Acrescenta que, na primeira fase, foi possível cobrir mais de 15 mil pessoas que fazem parte do grupo etário estabelecido superiormente, 7.000 delas foram vacinadas no município de Cazengo”, disse.
Até ao momento, foi administrada a segunda dose a cerca de 8.000 pessoas nas municipalidades de Cazengo e Banga, pelo que faltam aproximadamente 7.000. A municipalidade de Ambaca, segundo a responsável, recebe agora a segunda e na próxima semana começa no Lucala.
Fez saber que, nos demais municípios, a segunda dose arranca depois de completarem 30 dias da primeira. A média diária de testagem é de 50 pessoas. Em momentos de maior afluência, chegam a ser testadas cem pessoas.